Leitura
Bíblica: Miquéias 1. 1 – 5; 6. 6 – 8.
Introdução:
A idolatria de Samaria corrompeu o povo. Tirou os
seus pensamentos das coisas celestiais. Ocupou o seu tempo com coisas vãs. Pior
de tudo, envolveu o povo em falsas religiões que Deus considera abomináveis.
Essa idolatria era um dos principais motivos da destruição que Deus trouxe
contra o povo no oitavo século a.C.
Sendo compassivo e cheio de
misericórdia, o Senhor ofereceu abundantes oportunidades para o povo enxergar o
seu erro. Mas o povo rebelde e teimoso continuou, dia após dia, ano após ano,
geração após geração, tentando viver sem Deus. Dedicou-se às coisas desta vida:
prosperidade material, relações sociais, prazeres passageiros. Deus enviou
profetas e usou outros povos e calamidades naturais para alertar o povo às
consequências do pecado.
De vez em quando, o povo se
arrependia. Pelo menos, mostraram algum remorso e procuraram a ajuda de Deus.
Mas não deixou os pensamentos voltar para Deus o bastante para realmente criar
dentro deles um novo coração, um coração espiritual. Não tomaram as decisões
difíceis de tirar os ídolos e cortar as relações com os adversários de Deus. O
Senhor bem descreveu este arrependimento insincero: "Porque o vosso
amor é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo
passa" (Oséias 6. 4). Quando se achava em apuros, o povo
voltava para Deus para resolver o problema, achando que as bênçãos seriam
restauradas imediatamente. (Oséias 5.15 – 6. 3).
O mais que Israel brincava com
Deus e com os perigos do pecado, o mais difícil se tornou a possibilidade do
arrependimento genuíno (Recomendação:
Hebreus 12. 16-17). Quando as
correções menores não resolveram o problema deste povo obstinado, Deus preparou
um castigo mais severo. Ele queria despertar Israel do sono espiritual. Deus é capaz e está disposto a perdoar (2 Pedro 3. 9), mas ele não força
ninguém a ser salvo (Isaías 59. 1-2). Evitemos o coração cauterizado e ouvidos
tapados que levam à destruição (1 Timóteo 4. 2; 2 Timóteo 4. 1-4). Mantenhamos
corações sensíveis à verdade salvadora.
I.
O Livro de Miquéias
I.
Contexto Histórico:
740 a.C Miquéias e Isaias,
começaram seus ministérios. 722 a.C Queda de Israel; entre 10 e 20 anos antes
do reino do norte, de Israel cair diante da Assíria, Miqueias foi chamado a
profetizar para os reinos do norte e do sul. Judá escapou por pouco da
destruição pela Assíria em 701 a.C. Exerceu sua atividade durantes os reinados
de Jotão, Acaz e Ezequias, isto é, antes e depois da tomada de Samaria em 721
a.C e, talvez até a invasão de Senaquerib em 701 a.C. foi portanto em parte, contemporâneo de
Oséias e por mais tempo de Isaias.
II.
O Autor
Por sua origem camponesa tem
semelhanças com Amós, com quem compartilha a aversão pelas grandes cidades, a
linguagem concreta e por vezes brutal. O gosto pelas as imagens rápidas e o
jogo de palavras. O Profeta Miqueias não deve ser confundido com (Miqueias de
Jemla – I Rs.22. 9). Pode ser que alguma tradução traduzam Micaías por
Miqueias. Tanto um nome como o outro! Tem o mesmo significado – Hebraico: Quem é semelhante a
Jeová, Miquéias era de Moresete Gate, em Judá aproximadamente 30 a 32
Quilometro de Jerusalém, sua cidade natal é mencionada por Jeremias, Jr. 26.
18. Nada sabemos da vida de Miquéias nem como Ele foi Chamado por Deus; mas
tinha viva consciência da sua vocação profética e por isso que anuncia com
segurança os oráculos de Deus.
Destinatários:
Miqueias profetizou
acerca dos reinos do norte e do sul 1. 1, porem uma vez que Ele era do sul e
mencionou somente reis sulistas supõe-se em geral que seu ministério fosse principalmente
para Judá.
Propósito:
·
Pronunciar
o juízo pela continua apostasia e pela observância religiosa não sincera 3. 8 ;
6. 6-7.
Fala de ritos, e nada
mais. Ritos religiosos.
·
Demonstrar
que a verdadeira fé tem manifestações práticas, tais como a justiça social e a
honestidade nos negócios 6. 8.
·
Proclamar
os planos supremos de Deus para o seu povo 2. 12 – 13; 7. 11 – 20.
Caracterizas Únicas
·
Miquéias
é o único em relação ao numero e precisão de suas profecias:
Ø A queda do reino do
norte (1. 6-7.)
Ø A invasão de Judá por
Senaquerib em 701 a.C (1. 9,12).
Ø A destruição de
Jerusalém e do templo (3. 12).
Ø O cativeiro
Babilônico de Judá (4. 10).
Ø O retorno de Judá do
cativeiro (4.10).
Ø O nome exato do lugar
do nascimento de Cristo (5.2)
·
Ele
foi um dos poucos profetas escritos mencionados pelo nome por outro profeta.
Comparação
com outros livros da Bíblia
Isaias:
o
Miqueias
e Isaias compartilham uma importante passagem paralela. (4.1-3; Is. 2. 2-3).
o
Estes
dois contemporâneos podem ter emprestado seus textos de Joel, um profeta
anterior (Joel 3 .10), o oposto da mensagem de Miqueias e de Isaias.
o
Ambos
os profetas usaram a nudez para enfatizar sua mensagem. (1. 8; Is. 20.2).
o
Ambos
falaram de pessoas virem para Israel da Assíria e do Egito (os dois extremos do
Oriente Próximo antigo) na era messiânica (7. 12; Is. 19. 23 – 25).
Jeremias:
o
Jeremias,
escrevendo mais de um século depois, citou (3. 12; Jr. 26. 18).
o
Ambos
falaram de profetas e sacerdotes gananciosos (3. 11; Jr. 6. 13). Bem como de
profetas que falsamente prometiam paz (3. 5; Jr. 6.14).
o
Ambos
falaram de remanescentes dos israelitas, a quem Deus mostraria Misericórdia (7.
18 – 20; Jr. 23. 3; 44. 28).
Estrutura e
mensagem
Trata-se de uma coleção de breves oráculos
agrupados em sete capítulos e 105 versículos dividido em três partes
principais: na primeira condena os pecados da Samaria e de Judá, principalmente as
injustiças praticadas pelos ricos e poderosos que despojavam injustamente os
pobres; a segunda começa com um vaticínio sobre a restauração de Jerusalém,
sobre a qual virão as nações estrangeiras e das quais esta se libertará; a
terceira corresponde a um processo contra Jerusalém devido às suas idolatrias.
O
assunto do livro é a Ira divina em relação aos pecados de Samaria e de
Jerusalém
Idolatria
muitas das vezes é descritas na bíblia hebraica como adultério espiritual,
Israel é descrita como a esposa infiel.
Anuncia
antecipado o nome exato do lugar do nascimento de Cristo
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