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8 de novembro de 2012

JONAS – A MISERICÓRDIA DIVINA

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM IBOTIRAMA-BA
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LIÇÕES BÍBLICAS 4º TRIMESTRE 2012 – COMENTÁRIO PR. EZEQUIAS - CPAD
Subsídios para professores da EBD. Pr. Josaphat Batista Soares

INTRODUÇÃO
- Foi com a missão de profeta que Deus chamou Jonas e o comissionou para anunciar uma mensagem de arrependimento aos habitantes Ninivitas (Nínive cidade e capital do império assírio – inimigos declarados do povo de Israel. Jonas, talvez, tomado por um nacionalismo exacerbado e rejeitando a idéia de ver seus inimigos aceitos diante de Deus ou, quem sabe, com medo das conseqüências de se ver frente a frente com seus inimigos, resolveu fugir e, resoluto, tomou uma direção totalmente oposta a que o Senhor lhe ordenara – entrou em um navio para Társis – longe da presença de Deus e da missão que lhe fora divinamente entregue.

I – ESBOÇO DO LIVRO DE JONAS
1 - A retirada ordenada 1.1-3 - “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive” 1.1-2
Jonas foge para Tarsis 1.3
2 - O retorno providencial 1.4-2.10
- O Senhor manda uma tempestade 1.4-9
- Os marinheiros o jogam no mar 1.10-16
- O Senhor prepara uma grande peixe 1.17
Jonas ora 2.1-9
- Ele é vomitado na terra 2.10
3 - A renovação bem-sucedida 3.1-10
- Uma segunda chance de levantar e ir é dada a Jonas 3.1-3
Jonas prega 3.4
- A população se converte 3.5-9
Deus demonstra piedade 3.10
4 - Uma reação negativa 4.1-11
- Jonas desgostou-se 4.1-5
Deus ensina uma lição 4.6-11


II – AUTORIA E DATA
- O livro recebe o nome do seu próprio autor (Jonas). O seu conteúdo está datado por volta de 760 A.C. ou após 612 A.C.
- As questões da data e autoria de Jonas estão profundamente relacionadas. Se Jonas escreveu o livro seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II. No início do séc. VIII, cerca de 793 a 753 aC. Se um narrador escreveu o livro, ele poderia sido em qualquer tempo depois do acontecimento descrito nele.
Dentre aqueles que sustentam outro autor, que não seja Jonas, alguns datam o livro na segunda metade do séc. VIII ou no início do século VII, baseado nas datas pós-exílica, após a destruição de Nínive em 612 aC Essa disputa é baseada em 3.3, que diz que Nínive era uma grande cidade. Aqueles que apóiam a data pré-exílica explicam que isso pode ser meramente uma forma literária usada para contar a história ou que Nínive existia, mas não era uma grande cidade. Como indicado em 2Rs 14.25, Jonas era filho de Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado a 5 Km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom. Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele foi um forte nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel através dos anos. Jonas achou difícil aceitar o fato de que Deus pudesse oferecer misericórdia a Nínive da Assíria, uma vez que seus habitantes mereciam um julgamento severo.
Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá durante uma temporada (1Rs 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2Rs 8.7), mas somente a Jonas é que foi dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar diretamente a uma cidade gentia. Sua relutância em ir pregar estava baseada num desejo de ver seu declínio culminar numa completa perda de poder. Também ele temeu que Deus pudesse mostrar misericórdia , deste modo oferecendo aos assírios a oportunidade de molestar Israel.


III – O NOME DE JONAS E SEU SIGNIFICADO
Jonas (do hebraico יוֹנָה [Yonah]; em latim Ionas).
- O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao caráter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e por seu hábito de viver somente com seu clã. Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra. Mas sua primeira desobediência intencional, sua posterior re relutante obediência e a sua ira sobre a extensão de misericórdia aos ninivitas revelam óbvias incoerências na aplicação da sua fé. A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e`à lição objetiva de Deus.

1 - Contexto Histórico

- Os assírios pagãos, inimigos de Israel de longa data, eram uma força dominante entre os antigos de aproximadamente 885 a 665 aC. Relatos do AT descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas, e Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2Rs 14.25)
2 - Conteúdo

- O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros proféticos, pois ele não tem uma profecia que não contenha uma mensagem; a história é a mensagem. A história recorda um dos mais profundo conceitos teológicos encontrados no AT. Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas. Israel havia sido encarregado de entregar aquela mensagem, mas, de algum modo, eles não compreenderam a importância dela. Essa falha conseqüentemente levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo no NT.
Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km pra o oriente, a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. Sua mensagem é pra ser um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso eles responda positivamente. Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente. Esse patriotismo nacionalista e seu desdém a que a misericórdia seja oferecida para pessoas que não fazem parte do concerto induzem Jonas a decidir deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele esperava que o Espírito da profecia não o seguisse. Jonas está descontente e. algum modo se convence do que uma viagem a Társis irá livra-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.
- A viagem a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não está restrita à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face à face ao seu chamado missionário. Após determinarem que Jonas e seu Deus são responsáveis pela tempestade, e após esgotarem todas as alternativas, os marinheiros atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe o jogou em terra firme.
Novamente, Deus manda Jonas levantar e ir a Nínive para entregar a mensagem de libertação. Desta vez, o profeta concorda relutantemente em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus. Para seu espanto, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependeram e mostraram isso através do jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilde.
O coração de Jonas ainda não está mudado, e ele reage com ira e confusão. Por que Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel? Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá. Ele aguarda do dia indicado para o julgamento.
Deus usa esse tempo de esperar para ensinar uma valiosa lição a Jonas. Ele prepa uma aboboreira para crescer durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se regozija na sua boa sorte. Então, Deus prepara um bicho pra comer o caule da aboboreira e a faz secar.
Ele, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do oriente, para secar o corpo morto de sede de Jonas. Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus amava.

3 - O Espírito Santo em Ação

- E o Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por Israel. Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II (2 Rs 14.25). Quando o Espírito conduziu Jonas para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas e a induzi-lo a faze a vontade de Deus. Quando Jonas se arrependeu, o Espírito operou um arrependimento piedoso no coração do povo e eles responderam à mensagem de julgamento. Quando Jonas se recusou a aceitar esta obra divina, o ES mostrou a ele o contraste entre sua preocupação com uma aboboreira e a preocupação de Deus com os habitantes da cidade.

CONCLUSÃO
- Não são poucos os crentes que, atualmente, incorrem no mesmo erro de Jonas. Muitos, com pretextos se desculpam para não atender o mandado de Deus e preferem desobedecê-lo fugindo da sua presença. Mas quem sabe, o Senhor está outorgando a segunda oportunidade pra alguém e esse alguém pode ser você mesmo. E então? Se for, aproveite tenha sucesso nessa sua chamada, pois fugir de Deus traz conseqüências terríveis e às vezes sem precedentes.

Bibliografia
Bíblia Plenitude (ARC)
Apontamentos Teológicos do Autor
Dicionário Online
Vivos.com.br


- Pastor Josaphat Batista - Credenciado CEADEB 5.651 - CGADB 28.509 - Presidente do Campo da Assembléia de Deus na cidade de Ibotirama-Ba. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Teologia Convalidado pelo MEC, Membro do CEECRE (Conselho Estadual de Educação e Cultura Religiosa da CEADEB), Diretor da ESTEADI (Escola Teológica da Assembléia de Deus em Ibotirama, Conferencista, Seminaristas, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba.
Contatos: (77)3698-3367 (Residência) - (71) 8166-9761 (Tim – Portabilidade) (77) 8849-3304 – OI - prjosaphat@hotmail.com

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