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21 de maio de 2012

“A BÍBLIA”


Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
         para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;             II Timóteo. 3. 16.

v  Introdução:
A bíblia é um livro cujo autor é Deus, o interprete é o Espírito Santo e o tema central é Jesus.
A bíblia é um livro singular. Trata-se de um dos livros, mas antigos e mais lidos do mundo, é o Best-seller mundial por excelência. É o livro mais traduzido, mas citado, mas publicado e que mais influência tem exercido em toda historia da humanidade.
A bíblia contém a mente de Deus, a condição do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são justos, sua historia são verdadeira e as decisões imutáveis.
A bíblia é também o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto e a espada do soldado. Por ela o paraíso é restaurado, Os céus aberto e as portas do inferno descobertas.
Jesus Cristo é o seu grande tema, nosso bem é o seu intento e a gloria de Deus é sua finalidade. É uma mina de riqueza, um paraíso de gloria e um rio de prazer. É lhe dada em vida, será aberta num dia de julgamento e lembrada para sempre.

v  Canon:
O que é o Canon? É a coleção completa de livros divinamente separados constituindo a bíblia.
A palavra Canon vem do hebraico Qaneh, e significa “vara de medir” cf. Ez.: 40. 3, e no grego Kalamos cf. Ap. 11. 1; 21. 5. O termo foi utilizado por Quintiliano para designar a biblioteca de obras clássicas, nos parâmetro da escola alexandrina; o mesmo termo serviu para referir-se aos livros bíblicos. O uso do termo “Canon” é característico de uma visão Cristã da bíblia, e corresponde ao século IV d.C.
A palavra "cânon" significa régua, e em relação à Bíblia, significa a regra usada para determinar se certo livro podia ser medido satisfatoriamente de acordo com um padrão. No entanto, é importante ressaltar que os manuscritos bíblicos eram canônicos no momento em que foram escritos. Escritura era Escritura quando a caneta tocou o pergaminho.
Aonde surgiu a ideia do Canon? A ideia de que o povo de Deus deva preservar uma coleção de palavras escritas por Deus? A coleção mais antiga das palavras de Deus era os Dez Mandamentos. Os Dez mandamentos, portanto, constituem o inicio do Canon Bíblico. Êx: 31. 18.
De acordo com a regra ou padrão usado para determinar quais livros deviam ser classificados como Escritura, um versículo chave para entendermos e talvez até o momento no qual as Escrituras nos foram dadas é Judas 3, o qual diz que a fé de um Cristão “uma vez por todas foi entregue aos Santos.” Já que nossa fé é definida pelas Escrituras, Judas está essencialmente dizendo que a Escritura nos foi dada de uma vez por todas para o proveito de todos os Cristãos. João 5. 39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;

A.        O Canon do Antigo Testamento: A palavra Canon significa literamente cana ou vara de medir. No uso Cristão, veio significar regra escrita de fé, isto é, a lista dos livros originais e autênticos que compunham a palavra inspirada de Deus.
Cânon do Antigo Testamento foi formado. Sabe-se que por volta do ano 95 dC em Hebraico
O prestígio canônico a respeito da Lei também é muito bem atestado pela Septuaginta (LXX), tradução grega do Antigo Testamento da época do terceiro século a.C.
O cânon do Antigo Testamento: Houve, inegavelmente, alguns debate a respeito do cânon do Antigo Testamento. Entretanto, por volta de 250 d.C. houve uma concordância quase universal a respeito do cânon das Escrituras Hebraicas. A única pendência foi sobre os Apócrifos... Com alguns debate e discussão que se estende até hoje. A vasta maioria dos eruditos hebreus consideraram os Apócrifos como bons documentos históricos e religiosos, mas não no mesmo nível das Escrituras Hebraicas.
Determinar o cânon foi um processo, primeiro por rabinos judeus e eruditos, e depois, mais tarde, por cristãos primitivos. Certamente foi Deus quem decidiu que livros pertenciam ao cânon bíblico. Um livro ou Escritura pertenceu ao cânon a partir do momento que Deus inspirou sua autoria. É simplesmente uma questão de Deus convencer Seus seguidores humanos de quais livros deveria ser incluído na Bíblia. A igreja não determina o cânon. Nenhum concílio primitivo determinou o conteúdo do cânon. Foi Deus, e unicamente Deus quem determinou quais livros pertencia à Bíblia.



B.        O Canon do Novo Testamento.
O processo de reconhecimento e compilação começou nos primeiros séculos da igreja cristã. Desde o início, alguns dos livros do Novo Testamento foram sendo reconhecidos. Paulo considerou os escritos de Lucas tão cheios de autoridade quanto o Antigo Testamento (I Timóteo 5:18; Deuteronômio 25:4 e Lucas 10:7). Pedro reconheceu os escritos de Paulo como parte das Escrituras (II Pedro 3. 15-16). Alguns dos livros do Novo Testamento circulavam entre as igrejas (Colossenses 4:16; I Tessalonicenses 5:27). Clemente de Roma mencionou ao menos oito livros do Novo Testamento (95 d.C.). Inácio de Antioquia reconheceu cerca de sete livros (115 d.C.). Policarpo, um discípulo de João o Apóstolo, reconheceu 15 livros (108 d.C.). Mais tarde, Irineu mencionou 21 livros (185 d.C.). Hipólito reconheceu 22 livros (170-235 d.C.). Os livros do Novo Testamento que provocaram maior polêmica foram Hebreus, Tiago, II Pedro, II João e III João. O primeiro “cânon” foi o Cânon Muratoriano, que foi compilado em 170 d.C. O Cânon Muratoriano incluiu todos os livros do Novo Testamento, exceto Hebreus, Tiago e III João. Em 363 d.C. o Concílio de Laodicéia estabeleceu que somente o Velho Testamento (e os Apócrifos) e os 27 livros do Novo Testamento deveriam ser lidos nas igrejas. O Concílio de Hippo (393 d.C.) e o Concílio de Cartagena (397 d.C.) também afirmaram a autoridade dos mesmos 27 livros.
Os concílios se basearam em algo similar aos seguintes princípios para determinar se um livro do Novo Testamento era realmente inspirado pelo Espírito Santo:
1) O autor foi um apóstolo, ou teve uma estreita ligação com um apóstolo?
2) O livro é aceito pelo Corpo de Cristo como um todo?
3) O conteúdo do livro é de consistência doutrinária e ensino ortodoxo?
4) Este livro contém provas de alta moral e valores espirituais que reflitam a obra do Espírito Santo?
Novamente, é crucial recordar que a igreja não determina o cânon. Nenhum concílio primitivo determinou o conteúdo do cânon. Foi Deus, e unicamente Deus quem determinou quais livros pertencia à Bíblia. Foi simplesmente questão de Deus convencer Seus seguidores a fazer o que Ele já havia decidido. O processo humano de reunir os livros da Bíblia foi imperfeito, mas Deus, em Sua soberania, e apesar de nossa ignorância e teimosia, levou a igreja primitiva ao reconhecimento dos livros que Ele havia inspirado.

C.        O Canon nos Tempos Cristãos
A literatura Judaica do segundo século d.C. claramente mostra que o Canon estava completo, embora tivesse sujeito à crítica e canonização de certos livros.
O mais antigo e decisivo testemunho é o do historiador judeu Flávio Josefo, que cerca do ano 90 escreve o seguinte: “porque nós não temos (como tem os gregos) miríades de livros discordantes e contraditórios entre si, mas apenas vinte e dois... em que justamente se acredita. Cinco destes são os livros de Moisés, que compreendem as leis e as tradições da origem da humanidade até sua morte, os profetas que foram depois de Moisés escreveram em treze livros o que sucedera no tempo que viveram. Quatro livros encerram hinos a Deus e preceitos, para conduta do homem. No contexto mostra bem Josefo a reverência que os conterrâneos voltaram às coleções de livros santos, não ousando pessoa alguma “acrescentar ou remover, ou alterar alguma sílaba”. Por este tempo, pois, estava virtualmente formado o Canon. O testemunho de josefo é o mais notável, porque Ele escreve em gregos para os gregos. Estes e Ele conheciam muito bem a versão dos setenta.
O Canon estava completo muito antes do ano 90 d.C. torna-se isso evidente pela leitura do evangelho. A reverência que Cristo e seus apóstolos davam as escrituras do antigo testamento; tanto as citações, alusões, as mesmas escrituras são achadas no novo testamento.

v  Livro:
 O vocábulo Bíblia – do grego “biblo”, a língua original do novo testamento, literalmente a palavra bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”. 66 livros – 39 livros no antigo testamento, 27 livros no novo testamento. Seu autor um Deus, escritores cerca de 40, tema central Jesus. obs.: em todos os livros, Jesus está presente. Seu interprete o Espírito Santo e o material utilizado foi o papiro e pergaminho. Livro sagrado, ele está dividido em duas partes: Antigo Testamento e o Novo Testamento, os livros do Antigo Testamento foram escritos ao longo de aproximadamente 1000 (mil) anos na língua hebraica, exceto por alguns poucos relatos em aramaico. Esta parte da escritura fala dos pais e mães do que viriam a ser conhecido como Israel, a libertação do Egito, o Israel pré-estatal e monárquico, a profecia em Israel e o Judaísmo. Os Livros do Novo Testamento foram escritos em aproximadamente 100 (cem) anos. O idioma predominante de seu registro foi o grego. Esta parte da escritura fala a respeito da vinda de Jesus Cristo, sua vida e ministério e da origem e crescimento da igreja primitiva.
Incluem livros da lei, tais como Levítico e Deuteronômio; livros históricos, tais como Esdras e Atos; livros de poesia, tais como Salmos e Eclesiastes; livros de profecia, tais como Isaías e Apocalipse; biografias, tais como Mateus e João; e epístolas (cartas formais), tais como Tito e Hebreus. A unidade da Bíblia deve-se ao fato de que, essencialmente, ela tem um Autor: que é Deus.


v  Historia das Bíblias:
O Canon da bíblia hebraica, fixada pelos judeus da Palestina por volta da era cristã, é conservado pelos judeus modernos e, para o Antigo Testamento, pelos evangélicos. Eles aceitam só os livros hebraicos, excluindo os livros escritos em grego e os suplementos em gregos de Ester e Daniel. A primeira bíblia depois dos Canons;
  Bíblia hebraica
A Bíblia hebraica e o Antigo Testamento Protestante são iguais em conteúdo, diferentes apenas em sua organização  cronológica e didática; Escrituras sagradas dos judeus: Chamada Tanak que significa:
       Torá – Lei - composta pelos seguintes cinco livros, com seus nomes conforme utilizados nas versões em português: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

       Neviim – Profetas - Composta por quatro livros denominados Profetas Anteriores (Josué, Juízes, 1º e 2º Samuel, 1ª e 2ª Reis) chamados de Profetas Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel, O Livro dos Doze: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias)

       Ketuvim – Escritos- São doze livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias, 1ª e 2ª Crônicas.

  Bíblia Evangélica ou Protestante
Junção do Antigo Testamento (aliança) mais o novo testamento (nova aliança). Didaticamente também é dividida em coleções:
       Pentateuco - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
       Livros Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
       Livros Poéticos e Sapienciais - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos.
       Profetas Maiores - Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
       Profetas Menores - Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
       Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João.
       Livro Histórico - Atos dos Apóstolos
       Epístolas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses,2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo,Tito e Filemom.
       Epístolas Gerais - Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas.
       Profecia - Apocalipse

  Bíblia Católica
Duas diferenças cruciais são observadas:
       Os livros Deuterocanônicos: Tobias, Judite, 1º e 2º Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc.
       Os acréscimos significativos em Daniel e outros escritos

·         Os Autores
Cerca de 40 autores humanos diferentes escreveram a Bíblia. Ela foi escrita durante um período de 1500 anos. Os autores foram reis, pescadores, sacerdotes, oficiais do governo, fazendeiros, pastores e médicos. De toda essa diversidade surge uma unidade incrível, com temas em comum por todo o seu percurso.
A unidade da Bíblia deve-se ao fato de que, essencialmente, ela tem um Autor: Deus. A Bíblia é “Inspirada por Deus” (2 Timóteo 3:16). Os autores humanos escreveram exatamente o que Deus queria que escrevessem, e o resultado foi a perfeita e santa Palavra de Deus (Salmos 12:6; 2 Pedro 1:21).

·         As Divisões.
A Bíblia é dividida em duas partes principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento.
Como pode ser dividida também em oito seções, sendo quatro no Antigo Testamento e quatro no Novo Testamento: no Antigo Testamento: A Lei; Poesia; História; Profeta; no Novo Testamento: Evangelho; História; Epístolas; Profecia.
Em resumo, o Antigo Testamento é a história de uma nação, e o Novo Testamento é a história de um Homem. A nação foi à forma que Deus usou para trazer o Homem ao mundo. O Antigo Testamento descreve a fundação e preservação da nação de Israel. Deus prometeu usar Israel para abençoar o mundo inteiro (Gênesis 12:2-3). Uma vez que Israel tinha sido estabelecida como nação, Deus fez surgir uma família daquela nação através da qual a benção iria vir: a família de Davi (Salmos 89:3-4). Então, da família de Davi foi prometido um Homem que traria a benção prometida (Isaías 11:1-10). O Novo Testamento detalha a vinda desse Homem prometido. Seu nome era Jesus, e Ele cumpriu as promessas do Antigo Testamento por viver uma vida perfeita, morrer e ressuscitar dos mortos para tornar-se o Salvador.


v  Chave Hermenêutica:
“Jesus” no grego significa: Salvador, no Hebraico significa: Josué. Jo. 1. 1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2. Ele estava no princípio com Deus. 3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Rm. 11. 36 Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. At. 2. 22. Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Ap. 1. 8. Eu sou o Alfa e o Omega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir,
O Todo-Poderoso.
Jesus é o personagem principal da Bíblia – o livro inteiro é sobre Ele. O Antigo Testamento prediz Sua vinda e prepara o palco para Sua entrada ao mundo. O Novo Testamento descreve Sua vinda e Seu trabalho para trazer salvação a nosso mundo pecaminoso. Jesus é mais do que uma figura histórica; na verdade, Ele é mais do que um homem. Ele é Deus em carne, e Sua vinda foi o evento mais importante da história do mundo. Deus Se tornou homem para nos dar um retrato claro e compreensível de quem Ele é. Como é Deus? Ele é como Jesus; Jesus é Deus na forma humana (João. 1.14; 14. 9). 

v  Inspiração:
Ato ou efeito de inspirar ou de ser inspirado.
O que é inspiração? Ideia repentina e espontânea, Ação pela qual o ar penetra nos pulmões: o homem adulto, em repouso, faz 16 inspirações por minuto pra ficar fácil de entender Deus fez-se penetrar no ânimo dos escritores; agiram por inspiração de Deus.
Estado da alma quando influenciada por uma potência sobrenatural, daí, subentende inspiração divina, como também podemos entender: A força inspiradora; o estro do poeta. Aquilo que numa composição artística revela grande talento ou gênio.
A Bíblia é “Inspirada por Deus” “Deus fez-se penetrar no ânimo” o termo “inspiração” é traduzido da palavra grega: theopneustos que quer dizer “soprado por Deus”; no latim: “Inspiro” “para dentro” Deus soprou para dentro do homem. É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos. Capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveram a transcrevê-las com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela receba autoridade divina infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível. I Co. 10. 13; II Tm 3. 16; II Pe. 1. 20-21. Os autores humanos escreveram exatamente o que Deus queria que escrevessem, e o resultado foi à perfeita e Santa Palavra de Deus (Salmos 12:6; 2 Pedro 1:21).
Como podemos ver a demonstração da inspiração divina? A bíblia mostra-nos com declarações precisa em passagens tanto do Antigo Testamento como no Novo Testamento:
                Antigo Testamento: II Sm. 23. 1-4, no verso 2 menciona que é Deus falando através do Espírito Santo ao homem. Outra referencia; Ne. 9. 30.
Novo Testamento: Neste testamento a doutrina da Inspiração das Sagradas Escrituras é amplamente desenvolvida. O texto principal é: II Tm. 3. 16. Onde temos a frase: ”Toda Escritura é divinamente inspirada”.
1º Autoria Divina: do lado divino, as escrituras são a palavra de Deus no sentido de que se originam nEle e são a expressão de Sua mente
                2º Autoria Humana: do lado humano, certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a palavra e passa-la para forma escrita. Em II Pe. 1. 21, encontramos a referencia aos homens: ... mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo (pherô = movidos ou conduzidos). Referencia ao próprio escritor.

v  Revelação:
A revelação é o ato de Deus mediante o qual Ele comunica diretamente a verdade antes desconhecida para a mente humana – verdade que não poderia ser conhecida de qualquer outra maneira.
A teologia em si, parte do princípio que Deus se revela. O conceito revelação bem como da distinção que há entre as duas formas normalmente aceitas de revelação divina: a revelação geral e a revelação especial. Este tema é muito importante, pois acaba por ditar a forma como o leitor da Bíblia a encara. Assim, todo o esforço para que se entenda bem o assunto é válido.

·         A Revelação Geral
A expressão “revelação geral” é utilizada para descrever aquilo que é possível saber a respeito de Deus por meio da natureza. Ainda que este tipo de revelação seja bastante limitada não deixa de ser importante.

   A Revelação Especial
Revelação geral é aquela que acontece por meio da natureza, já a especial é a revelação bíblica. Na primeira, Deus aparece como criador, na segunda como redentor, de um povo, Israel, no Antigo Testamento, e da Igreja no Novo Testamento.
Resumidamente, seguindo a opinião de Viertel, pode-se dizer que por meio da revelação especial, a revelação bíblica, Deus revela, entre outros pontos importantes, sua natureza, sua vontade e propósito ao homem, o caminho da salvação, as exigências da vida cristã e os recursos para vivê-la, as soluções para os problemas pessoais, o poder do seu Reino e a promessa de sua vitória final. Nem todos os teólogos encaram a questão da revelação do mesmo ponto de vista. Muitas são as opiniões a respeito deste assunto o que torna inviável a tentativa de explicar a opinião de cada um.
Assim, no geral vimos que o tema da revelação se divide em duas proposições básicas: 1) A revelação geral, que é o dar-se a conhecer de Deus por meio da natureza, e 2) a revelação especial, que é a maneira como Deus se faz conhecido por meio da Bíblia. As duas são importantes, destacando que a primeira revela Deus como criador e a segunda como redentor.

O significado da palavra que normalmente traduzimos por revelação para o português.
Três palavras são importantes para a compreensão do termo revelação. Uma hebraica, utilizada no Antigo Testamento, uma grega, que aparece no Novo Testamento, e outra latina, que é base para o termo que utilizamos em português. A utilizada no Antigo Testamento é galah e a que aparece no Novo Testamento é a conhecida palavra apocalipse, que acabou dando nome ao último livro da Bíblia. Tanto uma quanto a outra possuem o mesmo significado básico, se referem ao fato, ou verdade, que possa ser conhecida, trazida à luz. Pode-se dizer que o termo apocalipse descreve o ato de se puxar a cortina em um teatro para que o artista possa ser visto pela platéia. Em outras palavras é o ato de “revelar” o que estava oculto, no caso pela cortina. Já a raiz latina da palavra revelação (revelo) possui o significado de “tirar o véu”, “descobrir”.
Como diz Viertel “O ato da revelação de Deus significa que ele está puxando a cortina para que se veja aquilo que está escondido. É uma ação em que Deus torna a sua pessoa e sua vontade conhecida ao homem”. Assim, percebe-se que revelação é uma atividade divina, é a forma pela qual Deus se “mostra”, se faz conhecido para os seres humanos. É uma atividade que parte de Deus. “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo;”

v  Iluminação:
Ato ou efeito de iluminar ou iluminar-se. Derramar luz sobre, Esclarecer, Tornar claro, como disse o salmista “ilumina-me os olhos” Sl.13. 3; 19. 8; Ef. 1. 18. Sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,
A Iluminação se refere à influência do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, que os ajuda a entender as coisas de Deus. I Co 2.14. Esta iluminação das coisas espirituais é prometida a todos os crentes e pode ser experimentada por cada um Lc 10.21; I Pe 1.10-12, à iluminação é, ou pode ser, permanente. (Pv 4.18;) A unção do Espírito Santo recebida pelo crente habita nele (1Jo 2.27).  A iluminação admite gradação. As pessoas variam no que diz respeito à iluminação, possuindo algumas um grau maior de discernimento que outras. Partindo dessas abordagens podemos fazer a seguinte síntese: O ensino contido nas Escrituras chama-se revelação; O registro desse conteúdo chama-se inspiração; A aplicação chama-se iluminação.

v  Conclusão:
A bíblia declara acerca de si que é a revelação especial de Deus; temos, portanto de reconhecer que reivindica ser o verdadeiro tipo de fonte de onde se deriva um conhecimento da verdade religiosa digno de confiança. Chega as nossas mãos com a asserção que as palavras vêm do próprio Deus: “Assim diz o Senhor”. Se Deus existe, e se preocupa com a nossa Salvação, esta é a única maneira (fora de revelação divina direta a cada individuo de cada geração sucessiva) que poderia, de maneira certeira, transmitir esse conhecimento para nós. Tem de ser através de algum registro escrito, exatamente aquilo que a Bíblia é, segundo seu próprio testemunho. A inspiração que defendemos é das palavras originais, hebraicas e gregas, escritas pelos profetas e apóstolos.
                Não há dúvidas que há algumas outras escrituras religiosas que fazem as mesmas reivindicações acercas de si mesmas, tais como o Corão e o livro de mórmon. Deve se reconhecer, porem que estes documentos não possuem as credencias que autenticam a Bíblia como registro verdadeiro de revelação divina. Mas notadamente falta-lhes a validez que se comprova pela profecia anterior a seu subsequente cumprimento, e pela presença em todas as suas partes do redentor humano e divino. O livro de Mórmon é enfraquecido pelas muitas inconsistências e inexatidões; o Corão, que alegadamente foi ditado por um arquétipo coeterno com Alá, exibe não somente os mais estranháveis erros históricos, mas também pontos de vista mutáveis de um autor humano (Maomé), à luz dos acontecimentos do seu dia. Não há comparação entre a Bíblia e estes livros quando se trata da grandeza e da clareza dos pensamentos que transmite, e do poder que exibe ao penetrar na alma humana com consequências que transformam vidas. Aleluia.

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