- Dentre os escritores da bíblia, Salomão é um dos que mais escreveu textos referente a “inveja” . Talvez, por causa de na primeira fase do chamado de Deus na sua vida, onde ele foi próspero tanto na vida espiritual como também na material. Isso sem dúvida é uma forte insulta ao inimigo de nossas almas que se encarrega de usar como instrumento pessoas descompromissada e displicente para com a palavra de Deus e se tornam presa fácil para tentar injetar o vírus da maldita no inveja no próximo causando transtorno em muitas vidas. “Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Provérbios 27:4).
I – DEFINIÇÃO E ORIGEM DA INVEJA
1 - Definição
- A inveja é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser) e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor. A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje. Vamos ver o que a Bíblia diz sobre a inveja, e como os cristãos podem superá-la? Versículos da Bíblia relacionados: Êxodo 20:17, 1 Samuel 18:25, Provérbios 14:30, Marcos 7:21-23, I Coríntios 13:4, Provérbios 23:17, Lucas 10:27-
2 - Origem
- A inveja originou-se em Lúcifer o qual tinha a ambição de ser semelhante ao Deus altíssimo não se conformando com a posição a ele (Lúcifer) confiada. Qual foi a causa da expulsão de Satanás do Céu? Is 14:12-14. O que isso diz sobre a possibilidade de surgir essa característica terrível mesmo em um ambiente perfeito como o Céu?
- A Lúcifer, a criatura mais magnífica saída das mãos de Deus, foi dado o lugar mais elevado no Céu, depois da Divindade. Sua honra, beleza e inteligência eram supremas, e, ainda assim, o pecado cresceu dentro dele (Ez 28:12-15). A perfeita paz e felicidade de todas as criaturas foram transtornadas por esse ato de exaltação própria e inveja em relação a Cristo. “Serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14) foi o pensamento que ativou dissensão, rebelião, violência e muita dor a todos os habitantes do Céu e, depois, para toda a família humana. “Satanás teve ciúmes de Jesus. Ele desejava ser consultado sobre o plano de criação do homem, e porque não o foi, encheu-se de inveja, ciúmes e ódio. Ele desejou receber no Céu a mais alta honra depois de Deus” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 145). Em contraste, olhemos a Jesus. A concepção do pecado por meio de inveja e egoísmo é repelida pela disposição de Jesus de ser humilhado ao nível mais baixo da humanidade e ser morto, como um criminoso, para que cada um de nós pudesse ser salvo da total destruição provocada pelo pecado (2Ts 1:9).
3 – A inveja é um tipo de pecado mais antigo
- Uma das emoções mais devastadoras é a inveja. É o tipo mais antigo de pecado (Is 14:14) e pode ferir não só as relações interpessoais (2Co 12:20) mas também a saúde física (Pv 14:30). A inveja costuma ser pessoal; ela atinge aquele que é percebido como rival e ameaça. Como resultado, frequentemente, a inveja provoca violência, tanto psicológica (abuso verbal, calúnia, crítica) como física. Quem em determinado tempo, não sentiu a infelicidade que essa emoção provoca?
- Esta lição fornece exemplos de pessoas que permitiram que a inveja afetasse seu comportamento: Satanás, os irmãos de José, o rei Saul e os principais dos sacerdotes dos tempos do Novo Testamento. O resultado sempre foi desastroso. O que surpreende, também, é que todos esses indivíduos invejosos desfrutavam elevados privilégios e posições. Mas todos caíram na armadilha do ódio à outra pessoa pelo que eram ou pelo que tinham. O Senhor Jesus em seus ensinos nos adverte afastarmos desse caminho errôneo e deseja que Seus filhos amem o próximo a ponto de se alegrar com eles em seus dons, realizações e posses como se fossem nossos.
Is 14:12-14; Tg 3:16, 17; Êx 20:17; Gn 37; 1Sm 18; Mt 12:14.
4 – A inveja é um mal provocador
Tg 3:16, 17
- Se observarmos bem, a Nossa natureza é tão pecaminosa que a primeira má ação torna mais fácil a seguinte. Quando o caminho errado é iniciado mediante inveja e ambição egoísta, o resultado parece ser uma ampla variedade de pecados: “confusão e toda espécie de coisas ruins” (v. 16), como Tiago descreve. A notícia maravilhosa é que há lugar para outra opção, que é “pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” (v. 17). Essa opção é o amor. Lúcifer não considerou o que tinha; ao contrário, escolheu cobiçar o que Cristo tinha. Com que frequência tendemos a fazer algo semelhante? Quanta inveja e ciúmes você abriga pelos que têm “mais” que você? Como você pode vencer essa emoção perigosa?
II – O PAPEL DA INVEJA NA VIDA DE JOSÉ
- Com muita frequência, surgem inveja e ciúmes entre aqueles com quem somos muito íntimos, e isso torna ainda mais devastador o potencial para graves consequências. Realmente, uma grande quantidade de agressões (físicas ou psicológicas) e inveja existe hoje dentro do círculo familiar e, frequentemente, na raiz desse problema está a rivalidade entre os membros da família. Pense na história de José. Que atitude de seus irmãos os levou a cometer esse crime tão grave? Qual foi o papel da inveja? Gn 37:1-36.
- É difícil acreditar que esses irmãos pudessem ter sido tão cruéis. Eles também não pensaram no que suas ações fariam a seu pai. Sua inveja se tornou tão poderosa que prevaleceu não apenas sobre o bom senso, mas também sobre a decência e moralidade. Que lição poderosa deve ser para todos nós quanto ao perigo potencial dessa emoção! Não é de estranhar que haja um mandamento inteiro dedicado a nos advertir contra ela (veja Êx 20:17). Além de toda a dor que suas ações provocaram sobre si mesmos e sobre seu pai, eles também temeram o que José lhes faria depois da morte de seu pai, Jacó (Gn 50:15). Mas a atitude de José não podia ter sido mais nobre, pois ele disse: “Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus?” (v. 19). José entendeu que seu dever era perdoar os ofensores e confiar na misericórdia e justiça de Deus. A vida de José tem sido comparada com a vida de Jesus Cristo. A inveja moveu seus irmãos a vendê-lo como escravo; alguns sacerdotes e anciãos tinham inveja de Jesus, e essa inveja alimentou suas ações contra Ele. José foi vendido aos pagãos; Jesus foi vendido a Seus inimigos. José foi acusado falsamente e enviado para a prisão por causa de sua virtude; Jesus foi acusado falsamente e rejeitado por causa de Sua justiça. José demonstrou nobre benevolência para com seus irmãos; Jesus, também, perdoou Seus inimigos. As más ações contra José, por fim, levaram para o bem; a mesma coisa aconteceu a Jesus, no sentido de que o mal feito contra Ele foi igualmente transformado em bem. Que dor e sofrimento a inveja e os ciúmes – seus ou de outra pessoa — provocaram à sua vida? Que lições você aprendeu dessas experiências? Com que frequência você também sentiu inveja a respeito de coisas que hoje parecem triviais e sem sentido? Que lição você deve aprender desses fatos?
III – A INVEJA DE SAUL
- Um caso clássico da atuação da inveja pode ser visto na história de Saul e Davi. Saul era rei, governante de uma nação. Tudo corria a seu favor, mas veio a inveja, e tudo pareceu mudar para ele. Ou a inveja só fez aparecer o que já estava lá dentro de Saul?
1 - Qual foi a atitude inicial de Saul em relação a Davi?
1Sm 18:1-5
- Se percebe que as ações de Saul mostram que ele teve uma atitude muito positiva em relação a Davi, a quem ele deu uma posição elevada no exército. Considerando também a atitude de seu próprio filho para com Davi, está claro que Davi teve o favor real.
2 - O que mudou a atitude de Saul? Por que a atitude de Saul é uma resposta humana tão comum?
1Sm 18:6-9
- O restante do capítulo 18 de 1 Samuel mostra quão prejudicial se tornou a inveja de Saul sobre Davi. Esse sentimento o levou a toda sorte de desvios e artifícios, mas nenhum deles funcionou. As próprias coisas que ele temia em Davi se tornaram cada vez mais evidentes! A inveja gera uma série de emoções negativas: baixa autoestima, ódio, suspeita, medo, culpa e ira. Saul tinha medo de Davi, como o capítulo menciona várias vezes. Ele pode ter sentido medo de perder sua posição real ou medo de que Davi se tornasse o herói absoluto de Israel. Mas sua principal fonte de medo era “porque o Senhor era com [Davi] e Se tinha retirado de Saul” (1Sm 18:12).
- Ser abandonado por Deus é motivo suficiente para ter medo. Mas o medo de Saul foi agravado pelo fato de que “o Senhor... estava com Davi” (v. 12, NVI). Saul estava impossibilitado de aplicar â situação a lógica simples de Gamaliel: “Se [isso] for de origem humana, fracassará; se proceder de Deus, vocês não serão capazes de impedi-los” (At 5:38, 39). Quando o Senhor abençoa as pessoas, não há motivo para alimentar inveja ou buscar sua destruição. Deus continuará a abençoá-las. Embora a atitude de Saul fosse errada, por que é relativamente fácil entender? Qual é sua atitude imediata para com alguém que você julga ser uma ameaça à sua posição? Você entrega tudo ao Senhor, ou começa a conspirar uma estratégia contrária?
3 - Como a inveja de Saul se acentuou? Veja a história em 1 Samuel 19.
Que lições existem aqui para nós?
- Podemos ver Inicialmente que Saul agiu com alguma cautela e sutileza na tentativa de remover a ameaça representada por Davi. Quando isso não funcionou, ele passou a agir abertamente com seus planos assassinos. Provavelmente, a princípio, ele nunca houvesse sonhado em ir tão longe. Porém, uma que vez as comportas do pecado são abertas, nenhum de nós percebe quão longe esse caminho pode nos levar. Matar Davi se tornou uma obsessão. Os sentimentos negativos de Saul, abrigados a princípio quando as mulheres cantaram e dançaram em homenagem a Davi, logo alcançaram o ponto de cometer atentados assassinos contra sua vida. Somente nos capítulos 18 e 19encontramos oito tentativas específicas, ordenadas ou realizadas pelo próprio Saul, para assassinar Davi. O restante da história é muito triste, conforme as coisas pioraram para Saul. À medida que seu ódio e inveja cresciam, ele foi ficando cada vez mais irracionalmente suspeitoso de Davi, obcecado para matá-lo e assustado com os filisteus ao redor. Com a desculpa de que haviam apoiado Davi, ele matou 85 sacerdotes do Senhor e muitos homens, mulheres, crianças, bebês e gado na cidade sacerdotal de Nobe (1Sm 22:17-19). Veja aonde ele estava sendo levado!
- Cheio de terror por causa da incursão dos filisteus, ele perguntou ao Senhor o que fazer. Mas Saul havia ido muito longe de Deus, ignorando muitas vezes o conselho divino, pelo que não obteve resposta. Então, ele decidiu consultar um espírito mau por meio de uma feiticeira, prática que ele mesmo havia proibido. Ele até se curvou e se prostrou com a face em terra diante do espírito mau que personificava o falecido Samuel (1Sm 28:14). Esse foi o início de seu fim, pois, no dia seguinte, ele e seus filhos perderam a vida diante dos filisteus (1Sm 31), como o mau espírito o avisou, obviamente, uma manifestação demoníaca. Deixando a inveja germinar, Saul seguiu um caminho de completa apostasia e ruína. Pior ainda, seu pecado trouxe sofrimento não só a ele mesmo, mas a toda sua família. O pecado já é mau quando nos atinge como indivíduos. No entanto, raramente o dano e a dor são tão localizados. Na maioria dos casos, nossas ações erradas também afetam negativamente os outros. Pense em todos os casos que vimos até agora. Em cada exemplo, a inveja e seus resultados tiveram consequências de longo alcance, provavelmente não imaginadas pela pessoa que primeiramente abrigou a emoção. Então, é importante, pela graça de Deus, buscar morrer para o eu no momento em que essa horrível emoção surge em nosso coração.
IV – INVEJARAM CONTRA JESUS
- Haja visto que, a inveja é um mal tão diabólico que não dispensaram nem o próprio Jesus,manietando-os com ódio, eles repugnaram a salvação em Cristo demonstrando o desprezo para com Deus e o seu enviado filho, mas assim mesmo, Cristo venceu a maldita inveja para que nós pudéssemos vencer também. ALELUIA!
- “Porque sabia que, por inveja, O tinham entregado” (Mt 27:18). Dê uma rápida olhada nos primeiros onze capítulos de Mateus, destacando especificamente as coisas que Jesus fez. Então, leia Mateus 12:14.
O que Jesus disse e fez que pudesse ter levado os líderes a responder desse modo? O que suas ações revelam sobre seu coração? Ao pensar em sua resposta, pense em como teria respondido se fosse você que estivesse nessa situação.
- Os sacerdotes e principais dos anciãos eram educados e exatos na observância da lei. Mas sua análise da vida religiosa era tão microscópica que perdiam de vista o objetivo da religião. Jesus trouxe uma visão nova de devoção, e o povo de Israel (inclusive líderes religiosos) ouviam as boas-novas de salvação. No entanto, em lugar de agradecer a Jesus por alertá-los quanto a seu caminho de destruição própria, eles procuraram destruí-Lo. Com que frequência as pessoas permitem que sua inveja os cegue para o que deveria ser óbvio! Depois de tudo o que Jesus estava fazendo, milagres, curas, expulsões de demônios, é difícil imaginar alguém O interrogando como se fosse algo diferente de Deus. A evidência que Ele dera deveria ter sido mais que convincente (veja Mt 11:4, 5). Talvez por estarem mais cientes de sua própria necessidade, as pessoas comuns estavam mais abertas a Jesus que muitos dos líderes religiosos, que temiam que Jesus mudasse o status quo e, assim, pusesse em risco sua posição. De muitas formas, o ensino de Jesus era tão diferente dos deles, e Sua mensagem era tão mais atraente que eles tinham bons motivos para temer Sua influência. Infelizmente, eles estavam mais preocupados em preservar o próprio poder e influência do que em conhecer e seguir a verdade. O fato de que a inveja os estava motivando não era segredo. De acordo com Mateus 27:18, até o líder romano Pilatos sabia quais eram seus motivos, de tão evidente que se tornou. Infelizmente, esses líderes estavam tão completamente cegos por sua inveja que achavam estar defendendo a fé contra algum impostor que desviava o povo. Se eles se houvessem rendido em humildade e fé diante do Senhor em vez de deixar que seu pensamento invejoso predominasse sobre sua razão, eles teriam evitado o curso trágico que seguramente os levou à ruína eterna. Em nosso contexto, qualquer que seja, bem faríamos em aprender de seus erros.
CONCLUSÃO
- Sem dúvida nenhuma a inveja tem sido um dos sentimentos mais torpes e difíceis de serem eliminados da alma humana. Trata-se de um dos vícios que mais causa sofrimento à humanidade. Quantas vítimas a inveja não tem feito? Que o Senhor nosso Deus nos ajude com a sua infinita graça a vencer esse mal que permeia até mesmo entre os que dizem ir morar no céu.
Bibliografia
Bíblia de Estudo Plenitude (ARC)
Apontamentos Teológicos do Autor
http://www.opregadorfiel.com.br/2010/10/o-que-biblia-diz-sobre-inveja.html#ixzz25i496FpC
- Presidente do Campo da Assembléia de Deus na cidade de Ibotirama-Ba. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Teologia Convalidado pelo MEC, Membro do CEECRE (Conselho Estadual de Educação e Cultura Religiosa), Diretor da ESTEADI (Escola Teológica da Assembléia de Deus em Ibotirama, Conferencista, Seminaristas, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba.
Contatos: (77)3698-3367 (Residência) (71) 8166-9761 (Tim – Portabilidade) (77) 8849-3304 – OI - prjosaphat@hotmail.com
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