Texto
Básico: Apocalipse 14:1-7
10/06/2012
“[...]
Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”(Ap 14:7).
INTRODUÇÃO
Nesta
Aula estudaremos sobre a mensagem do Evangelho no período da “Grande
Tribulação”. Apesar de esse período prometer ser o mais sombrio da humanidade,
Deus será misericordioso mesmo neste período. A Bíblia diz que Jesus Cristo é o
mesmo, ontem, e hoje, e eternamente, e assim também o será durante a
Tribulação. Isso significa que, mesmo depois da Igreja ser arrebatada da Terra,
aquele que invocar o nome do Senhor, ainda será salvo. Muitos têm o conceito
errado de que, após o Arrebatamento, o Espírito Santo de Deus seria retirado da
terra e o restante das pessoas já estaria automaticamente condenado. Isso não é
verdade! Em Apocalipse 7:9 João descreve uma grande colheita
de almas: "Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a
qual ninguém podia contar, [aglomeradas] de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro,
trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos". O versículo
diz que é uma multidão que ninguém podia contar. Portanto, muitos se
convencerão do pecado durante esse período. São os novos crentes, que se
converterão depois do Arrebatamento. Estes crentes se convencerão do pecado
durante os julgamentos que Deus enviará ao mundo no período da Tribulação. Deus
prova, mais uma vez, que ama todos que se voltam para Ele, mesmo durante o
“Império do Mal”.
I. A PROCLAMAÇÃO DO
EVANGELHO NO PERÍODO DA “GRANDE TRIBULAÇÃO”
"Porque
nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora
não tem havido" (Mt 24:21).
A
profecia-chave da escatologia bíblica é a profecia das Setenta Semanas de
Daniel(Dn 7:24). Sabemos que a profecia do profeta Daniel se cumpriu até a 69ª
Semana, ou seja, falta uma Semana para que seja integralmente cumprida, uma vez
que a contagem das semanas parou quando da rejeição de Jesus por Israel.
Observação: “…Houve
dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da
Bíblia confundem. Um em 457 a.C., de embelezamento do templo e restauração do
culto, a cargo de Esdras (Ed cap.7). O outro foi o da reconstrução dos muros e,
portanto, da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos tratando – foi
baixado o ato em 445 a.C. A partir daí, começaria a contagem das setenta
semanas proféticas.(…). Os 434 anos vão de 397 a.C. até os dias da morte de
Cristo. Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C.
Conforme o versículo 26, após a morte de Jesus seguiu-se a destruição de
Jerusalém. Assim, de acordo com a profecia (Dn 9:26), o Messias morreria antes
da destruição da cidade, o que de fato ocorreu.(…). O ano 33 do nosso
calendário corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente.…” (Antonio
GILBERTO. O calendário da profecia, p.64).
Tendo
ocorrido a rejeição do Messias, segundo a profecia das setenta semanas, o
Messias foi retirado, sobrevindo a destruição de Jerusalém pelo povo do futuro
príncipe, que destruiu a cidade e o santuário(cf Dn 9:26). A partir de então,
diz a profecia, estariam determinadas guerras e assolações e, indubitavelmente,
a Palestina tem sido palco de guerras desde então e o povo judeu, que é o
objetivo da profecia (cf. Dn 9:24), tem sofrido perseguições impiedosas.
Jerusalém tem sido pisada pelos gentios, porque estamos no tempo dos gentios e
isto acontecerá até que este tempo se complete (Lc 21:24).
1. O
que é a “Grande Tribulação”. Segundo o pastor Antonio
Gilberto, a palavra tribulaçãosignifica literalmente
"comprimir com força", como se faz com as uvas no lagar, ou com a
cana-de-açúcar no moinho. Ao lermos o livro do Apocalipse, temos a nítida
demonstração de que a “Grande Tribulação” é um período de juízo divino. É o
período em que Deus tratará com a humanidade que rejeitou a Seu Filho. É o
período do “grande dia da Sua ira” (cf Ap 6:17a).
O
elemento importante que marcará o início da Grande Tribulação é, precisamente,
o acordo político que será firmado entre o Anticristo e Israel, um pacto de
sete anos de duração, em que o Anticristo reconhecerá o domínio de Israel sobre
a área do Templo reconstruído de Jerusalém e, em troca, Israel reconhecerá a
soberania do Anticristo sobre o mundo. O Anticristo será reconhecido como o
Messias pelos judeus que, então, estarão governando o país. Este pacto parecerá
pôr fim ao conflito do Oriente Médio e será um elemento importantíssimo para
que todo o mundo veja no Anticristo o líder mundial pela paz e traga ao mundo a
sensação de que se chegou, finalmente, ao período tão almejado de paz e
segurança no mundo. Mal sabem eles que, assim como afirmam as Escrituras,
“…quando disserem: há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição…”(1Ts 5:3). Este ponto é o primeiro que é mencionado por Daniel ao
tratar da septuagésima semana (Dn 9:27).
Há
teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e aterrorizante evento
escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar para o que o Senhor Jesus
disse em Mateus 24:21: "nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o
princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (ARA).
2.
Fases da Grande Tribulação. Quando analisamos a profecia
das setenta semanas de Daniel (Dn 7:24,25) e a revelação contida em Apocalipse
11:2,3;12:6;13:5, observamos que a Grande Tribulação será dividida em dois
períodos, cada um de três anos e meio (ou 42 meses, ou, ainda, 1.260
dias). O primeiro período é chamado simplesmente de ‘Tribulação’. O
segundo, que é o pior, é denominado ‘Grande Tribulação’. Os dois períodos
compreendem a ascendência e governo do Anticristo.
Dos
sete anos de tribulação, os piores serão os últimos três anos e meio (Ler
Daniel 7:25 e Apocalipse 13:1-8). Nessa segunda fase, o Anticristo romperá a
aliança feita com os judeus, e começará a persegui-los. Tal fato ocorrerá
quando ele exigir adoração a si mesmo e os judeus a recusarem. Os 'santos’
perseguidos pelo Anticristo, referidos em Daniel 7:21,25 e Apocalipse 13:7, são
em primeiro plano os israelitas, mas também os gentios crentes, os quais serão
martirizados. O sofrimento nesse tempo será de tal monta que se durasse mais
algum tempo ninguém escaparia com vida. Disse Jesus: "Porque nesse
tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não
tem havido, e nem haverá jamais. Não tivesse aqueles dias sido abreviados, e
ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados"
(Mt 24:21,22).
Vejamos
com mais detalhe, embora resumidamente, esses dois períodos futuros que está
por vir:
a) a
primeira metade dos sete anos. Esse período é chamado por alguns
estudiosos de “Tribulação”. Será o período de consolidação do poder do
Anticristo. Neste período, o Anticristo, que conquistou o poder mediante o
acordo das dez nações, sairá, como diz o primeiro selo do livro do Apocalipse,
para vencer (Ap 6:2). Fará um pacto de não-agressão com Israel e, ao mesmo
tempo, imporá seu domínio sobre três das nações que o apoiaram em sua subida ao
poder. Ninguém lhe resistirá e, com suas guerras, exterminará os inimigos,
instalando seu regime político ditatorial, ao mesmo tempo em que o falso
profeta reunirá em torno de si todas as religiões do mundo. Demonstrará grande
habilidade e trará um período de prosperidade e de sensação de paz e de
segurança aos seus súditos, levando todos a aceitá-lo como o “salvador do
mundo”. Seus poderes sobrenaturais também serão exercidos, de tal modo a
iniciar um movimento de adoração ao seu nome. Neste período, também, apesar de
o Espírito Santo não mais oferecer resistência ao Anticristo, levantará as duas
testemunhas e os 144 Mil homens que iniciarão a pregação do Evangelho do Reino.
O Anticristo iniciará a perseguição a este grupo.
b) a
segunda metade dos sete anos. Esse período é chamado por alguns
estudiosos de “Grande Tribulação”. Seu início será com a violação do
pacto entre o Anticristo e Israel, quando o Anticristo, já senhor da situação político-econômico-religiosa
de todo o mundo, estabelecerá a adoração ao seu nome, bem como quererá ser
adorado como deus no Templo de Jerusalém; e o fará, mandando cessar o
sacrifício no terceiro templo e ali colocando sua imagem (cf 2Ts 2:4; Ap
13:15). Muito provavelmente, por este tempo, se difundirá a mentira da sua
suposta ressurreição e o falso profeta fará os sinais e prodígios que levarão
quase todos a adorar o Anticristo.
3. A
Igreja passará pela Grande Tribulação? Não. Não passará. A
revelação retratada pelo apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado do
mundo, no aparecimento de Jesus Cristo (1Ts 4:17). E, se é "depois
disso" que será revelado o “Iníquo”, então estamos diante de uma prova
contundente de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação! O apóstolo
Paulo é claro ao afirmar que este período da história terá como finalidade
julgar todos os que não creram na verdade, mas antes, tiveram prazer na
iniquidade (2Ts 2:12). Ora, se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que
não aceitaram a Cristo, por que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na
Terra durante este período? Como poderíamos dizer que Deus é o Justo juiz
(Jr 11:20; 2Tm 4:8), se estabelecesse um juízo por causa da rejeição de Jesus e
o derramasse tanto sobre os que creram em Jesus quanto os que nEle não creram?
“Antes
de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo, dando início a uma série de
juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4:4). Eles
representam a totalidade da Igreja: as doze tribos de Israel e os doze
apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o início da Grande Tribulação, os
salvos já estarão no Céu! ”(Ciro Sanches Zibordi – Teologia Sistemática
Pentecostal - p. 512).
4.
Haverá Salvação durante a Grande Tribulação? Claro que sim! A salvação
é uma realidade que vai além da dispensação da graça. A dispensação da graça,
dizem-nos as Escrituras, começou com Jesus Cristo (João 1:17), mas a salvação é
destinada a todos os homens, de todos os tempos (1Tm 2:4).
Muitos
não aceitam que haverá salvação nesse período, e dizem: "Como pode haver
salvação nessa época, quando a Dispensação da Graça estará finda e o Espírito
Santo já terá arrebatado a Igreja?" Diz o pr. Antonio Gilberto que
perguntar assim é ignorar o plano de Deus através da Bíblia, para com o homem
que Ele criou. Ele responde com outra pergunta: "Como o povo se salvava
antes da Dispensação da Graça, e, como operava o Espírito Santo nessa
época?". O povo se salvava pela fé no Redentor que havia de vir. Isso era
também salvação pela graça (Ler Atos 15.11; Ef 1:4; 1Pe 1.19.20). Eles também
tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2)...”(calendário da profecia, p.58).
Assim,
o fato de, com o arrebatamento da Igreja, ter terminado a dispensação da graça,
em absoluto significa que Jesus tenha deixado de salvar. Porém, as Escrituras
são claríssimas ao afirmar que a salvação na Grande Tribulação exigirá o
martírio, ou seja, para que alguém seja salvo, além de crer em Jesus com toda
esta dificuldade de ordem espiritual, terá de morrer por causa do testemunho de
Jesus e do amor pela Palavra de Deus. Na Grande Tribulação, a salvação
dependerá do derramamento do próprio sangue, além da fé no poder do sangue de
Jesus. A Bíblia diz, claramente, que o Anticristo destruirá os santos do Altíssimo
(Dn 7:25) e que os salvos serão mortos (Ap 6:9).
Em
Apocalipse 7:4-8 vemos uma multidão de judeus salvos na Terra. Em Apocalipse
8:9-11 e 7:9-17 vemos uma multidão de gentios e judeus salvos, no Céu, porém
saídos da Terra, após sofrerem martírio. No meio dessa multidão estarão aqueles
que não subiram no arrebatamento, e, despertados por tal fato, decidiram
permanecer fiéis, a despeito de toda e qualquer prova e sofrimento.
É
preciso deixar bem claro que a salvação na Grande Tribulação será muito mais difícil
e árdua do que a salvação na nossa atual dispensação. Atualmente, a salvação é
acessível a tantos quantos crerem em Jesus. Hoje, temos o Espírito Santo
atuando diretamente em cada coração, buscando convencer o homem do pecado, da
morte e do juízo (João 16:7-11). Entretanto, na Grande Tribulação o Espírito
Santo não mais atuará diretamente, mas, bem ao contrário, voltará a atuar como
o fazia nas dispensações anteriores, ou seja, através de pessoas previamente
escolhidas por Deus, através das quais a mensagem do Senhor será divulgada,
pessoas estas que são as “Duas Testemunhas” mencionadas em Apocalipse 11 e os
144 Mil citados em Apocalipse 7. Assim, dizer que uma pessoa que estava
despercebida quando da vinda de Jesus vai logo se conscientizar de que Jesus
veio e vai se arrepender é algo com o que não podemos concordar, porque o
processo do arrependimento instantâneo que presenciamos na nossa atual
dispensação é obra da atuação ilimitada do Espírito Santo, que não mais estará
ocorrendo após o arrebatamento da Igreja.
II. A PROCLAMAÇÃO DOS
MÁRTIRES
No
“Império do Mal” os mártires darão grande testemunho de sua fé inabalável em
Cristo Jesus. Se suas vozes forem abafadas, suas atitudes falarão tão alto que
incomodarão a tríade Satânica. O quinto selo mostra que, desde a primeira
metade da Grande Tribulação, não tendo ainda o domínio completo do mundo, o
Anticristo iniciará uma cruel perseguição contra aqueles que professarem o nome
do Senhor Jesus. As Escrituras dizem que ele se levantará contra tudo o que significa
Deus e, sem dúvida, aqueles que, mesmo em meio ao período de grande opressão
que serão aqueles dias, chegarem a crer em Cristo, serão alvo do ódio do
Iníquo, que providenciará meios de combatê-los, combate em que sairá vencedor,
pois a Bíblia diz que, nesta batalha, os santos do Altíssimo sempre serão
derrotados do ponto-de-vista físico, ou seja, serão mortos(Dn 7:25; Ap
13:7). Em Apocalipse 13:15 está escrito que serão mortos todos os que não
adorarem a imagem do Anticristo.
É bom
enfatizar que os tais santos mortos são os mártires da Grande Tribulação, e não
a Igreja, que já terá sido arrebatada. Quando lemos Ap 7:9, fica
claro que os mártires são provenientes de todas as nações, tribos, povos e
línguas, ou seja, tanto judeus quanto gentios. Nem se diga que estas pessoas
são os salvos arrebatados (como defendem os midi-tribulacionistas), porque a
Bíblia afirma que estes vieram de Grande Tribulação (Ap 7:14) e, mais,
que estavam com vestidos brancos, vestidos que lhes foram dados quando da
revelação do quinto selo (Ap 6:11), a mostrar que se trata do mesmo
grupo de cristãos.
III. A PROCLAMAÇÃO DOS 144
MIL
Também,
na primeira metade da “Grande Tribulação”, apesar de o Espírito Santo não mais
oferecer resistência ao Anticristo, 144 mil homens escolhidos de Israel
proclamarão com grande pujança o Evangelho do Reino, não tendo por preciosas as
suas vidas.
1. A
identidade dos 144 mil. São chamados de “servos do
nosso Deus” (Ap 7:3), provenientes das tribos dos filhos de Israel (Ap 7:4-8).
Talvez sejam os primeiros convertidos de uma grande colheita de almas ganhas
para Deus, dentre todas as nações e tribos e povos e línguas, durante a
Tribulação (Ap 7:9).
São
servos anônimos, a exemplo daqueles sete mil que serviram a Deus no tempo de
Elias (1Rs 19:18), os quais não deixaram nem permitiram que a apostasia de
Israel fosse total; ou como os crentes anônimos de Chipre e de Cirene que, sem
serem identificados, iniciaram a evangelização dos gentios na igreja primitiva
(At 11:20,21).
Estes
homens serão os responsáveis pela pregação da Palavra de Deus e pela salvação
de muitos na Grande Tribulação. O texto bíblico diz que estes homens não se
contaminarão com o mundo e se manterão fiéis ao Senhor (Ap 14:3-5), mas,
também, como são vistos na glória, juntamente com o Cordeiro (Ap 14:3), é
percebido que também irão ser mortos pelo Anticristo e pelo Falso profeta no
desempenho de seu ministério.
2. A
elevada posição dos 144 mil. Os 144 mil escolhidos receberão
um "selo" na testa, algo visível (Ap 7:3) da parte de
Deus, que os protegerá de maneira sobrenatural durante algum espaço de tempo.
Deus assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a Deus
e que pertencem a Ele (cf Ap 9:4; ler Ez 9:1-6). Todavia, isso não os protegerá
das perseguições e do martírio, haja vista o que está escrito em Apocalipse
7:13,14. Tal marcação denota a proteção que eles terão quanto aos juízos
divinos sobre o mundo (Ap 9:4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como
lemos em Apocalipse 14:3-5: “E cantavam um cântico novo diante do trono e
diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele
cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes
são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os
homens foram comprados como príncipes para Deus e para o Cordeiro. E na sua
boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”.
IV. A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS
TESTEMUNHAS
Além
dos 144 mil escolhidos por Deus e capacitados pelo Espírito Santo para
Proclamar o Evangelho no “Império do Mal”, Duas Testemunhas, que serão os dois
últimos profetas do Senhor na história da humanidade - que terão um ministério
público -, também atuarão na obra de Deus durante esse período tenebroso da
história humana, com grande poder, e também farão grandes sinais (ler Ap
11:3-6), a fim de que todos os seres humanos, na Terra, ouçam a Palavra de
Deus, não tendo nenhuma desculpa no dia do Juízo Final.
Essas
Duas Testemunhas entrarão em cena nos primeiros 1260 dias (3 anos e meio
iniciais) do período de Tribulação. Durante o seu ministério, o adversário não
terá domínio sobre elas, pois serão ungidas pelo Senhor e receberão de Deus o
poder para executarem o seu ministério (Ap 11:3-6), o que é a clara
demonstração de que o Senhor, mesmo durante a Grande Tribulação, não perderá o
controle sobre os acontecimentos, sobre o Universo.
Enquanto
elas não cumprirem a sua missão, ninguém poderá vencê-las: "se alguém lhes
quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e se
alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto" (Ap 11:5).
Isso é uma prova de que Deus protege os seus mensageiros (cf. At 12:11).
Muito
se especula a respeito da identidade destas duas testemunhas. Sabe-se pela
Bíblia que serão dois homens dotados de grande poder, fazendo com que não chova
em Israel por 1260 dias. Também terão o poder de transformar água em sangue.
Por esta razão, alguns argumentam que essas Duas Testemunhas serão Moisés e
Elias, pois ambos já realizaram estes milagres descritos em Apocalipse 11:6.
Outros imaginam ser Enoque e Elias, porque ambos não passaram pela morte (Gn
5:24 e 2Rs 2:11). É dito, ainda, que ambas as testemunhas seriam oliveiras e
castiçais que estariam diante de Deus (Ap 11:4), indicando que se trata de
pessoas que, atualmente, estão diante do Senhor no Céu. Porém, não devemos ir
além do que a Bíblia nos diz, e ela silencia sobre isso.
Após
o tempo de seu ministério, que será durante a primeira metade da Grande
Tribulação, o Senhor permitirá que essas Duas Testemunhas sejam mortas pelo
Falso profeta, que, assim, demonstrará o seu poderio e, com este grande sinal,
cristalizará o poder do Anticristo e levará todas as multidões a aceitar
adorá-lo (Ap 11:7-10). Os corpos delas ficarão expostos durante três dias e
meio (Ap 11:9). O povo que ama ao Anticristo se alegrará com este
acontecimento(Ap 7:10).
Mas
depois disto, Deus as ressuscitará e as fará ascender aos céus. E logo em
seguida, haverá um grande terremoto, e sete mil homens morrerão. Os que restarem
ficarão muito atemorizados e darão glória ao Deus do Céu (cf Ap 11:11-13). Isso
comprova que o trabalho desses dois servos do Senhor não será em vão. Quando a
Palavra do Senhor é pregada com verdade, sempre há "alguns" que lhe
dão ouvidos (Mt 13:23; At 17:34).
V. A PROCLAMAÇÃO DO ANJO
“E vi
outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar
aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”(Ap
14:6).
Durante
a segunda metade da tribulação, o evangelho de Cristo, também, será proclamado
por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um
alerta à humanidade para temer a Deus, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao
Anticristo (Ap 7:9-12).
O
tema do Evangelho é descrito em Ap 14:7 - “Temei a Deus e dai-lhe glória,
porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o Céu, e a Terra, e
o mar, e as fontes das águas”. A ordem aqui é para que os homens temam a
Deus, e não ao Anticristo; a fim de lhe darem glória em vez de glorificar um
ídolo, e de O adorarem em vez de prestar culto a meros homens.
É
evidente que existe apenas um Evangelho, a saber, as boas novas da salvação por
meio da fé em Cristo. No entanto, o Evangelho pode apresentar ênfases distintas
em diferentes dispensações. Durante a Grande Tribulação, o Evangelho buscará
afastar os homens do culto ao Anticristo e prepará-los para o Reino de Deus na
Terra.
CONCLUSÃO
Pelo
que foi exposto, e, principalmente, pelo que a Bíblia Sagrada demonstra, não há
dúvida de que na Grande Tribulação, ou melhor, no Governo do Anticristo – o
“Império do Mal” -, haverá milhões de conversões. Como vimos aqui neste estudo,
embora haja salvação na Grande Tribulação, seu preço será muito maior que o
verificado na dispensação da graça. Se hoje já enfrentamos tribulações por
causa de nossa fé em Cristo Jesus, quanto mais naqueles dias. Zelemos,
portanto, pelo bem mais precioso que Deus nos proporcionou: a Salvação e a
promessa da vida eterna. Jesus Cristo está voltando! Maranata! Ora vem, Senhor
Jesus!
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque sua opinião de maneira clara e objetiva