IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS
EM IBOTIRAMA-BA
PRESIDENTE – PR. JOSAPHAT BATISTA
EMAIL: prjosaphat@hotmail.com
PORTAL – WWW.adibotirama.org
LIÇÕES BÍBLICAS 2º
TRIMESTRE 2011 - MOVIMENTO PENTECOSTAL
COMANDO OPERACIONAL – PB. CARLOS
ALBERTO
LIÇÃO 8
O Compromisso com a Palavra de Deus remonta aos
tempos do Antigo Testamento através de homens e mulheres que tiveram o prazer
de se apegar com a lei de Deus (Sl 1:3). Podemos observar claramente que os
três ofícios sagrados que faziam parte da vida de Israel deveriam está
inteiramente compromissado com o ensino bíblico: sacerdotes, profetas e reis.
Os sacerdotes levitas eram os responsáveis pela instrução das Sagradas
Escrituras. Os profetas eram homens chamados diretamente por Deus para exortar
ao povo de Deus quanto à obediência aos ensinamentos da Lei do SENHOR. E os
reis de Israel tinham a incumbência de respeitar e propagar a palavra revelada
do SENHOR Deus.
I – COMPROMISSADOS COM A PALAVRA DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO
Em o Novo Testamento, quatrocentos anos depois,
Jesus Cristo ministra o ensino da Palavra de Deus. A Bíblia diz que Ele
ensinava nas sinagogas, nas casas, no Templo, ao ar livre e principalmente nas
praias do Mar da Galiléia. Nessa época os judeus haviam se tornado muito
zelosos no ensino da Escritura aos sábados, nas sinagogas espalhadas pelo
mundo. Uma criança judaica aprendia desde cedo a Lei de Deus através
do ensino em sua casa e das aulas comunitárias nas
sinagogas. A igreja cristã, desde o seu início, manteve a ênfase no estudo das
Escrituras Sagradas. Na igreja de Antioquia, conforme Atos 13, havia profetas e
mestres, e, entre eles, se encontravam Barnabé e Paulo. A dedicação de Paulo
era tão grande que o livro de Atos registra que ele dedicou um ano e meio ao ensino
bíblico na cidade de Corinto: “E ali permaneceu um ano e seis meses,
ensinando entre eles a Palavra de Deus” (Atos 18:11). Na cidade de
Éfeso, Paulo ministrou intensamente o ensino da Bíblia por três anos (Atos
20:31).
1- O
compromisso dos Reformadores
Por ocasião da Reforma Protestante, no Século XVI,
houve um novo ímpeto no ensino bíblico que tanto havia sido desprezado e
trocado por filosofias durante a escuridão espiritual da Idade Média. Os
reformadores com o seu lema “Somente Jesus, Somente pela Graça, e Somente as
Escrituras” tinham consciência de que só seria possível fazer uma reforma
perpétua se ensinassem ao povo as Escrituras Sagradas. Houve os grandes
movimentos de tradução da Bíblia para as línguas faladas na Europa, e um enorme
esforço de impressão de Bíblias a fim de tornar a Palavra de Deus acessível ao
povo. São dessa época os primeiros livros de Educação Cristã e o surgimento dos
grandes educadores realmente cristãos.
2- O
compromisso da EBD (Escola Bíblica Dominical
No início de 1780, que a Escola Bíblica Dominical
passou a ter a forma que temos hoje em
dia. Um jornalista inglês, chamado Robert Raikes,
observou que as crianças pobres da Inglaterra careciam de estudos bíblicos.
Como ele não poderia ministrar aulas durante a semana, pois elas trabalhavam
nas minas de carvão, teve então a idéia
de criar classes especiais para elas aos domingos.
Pediu a ajuda de senhoras crentes e começou a promover o ensino de Linguagem,
Aritmética, Textos Bíblicos e Princípios Cristãos. É claro que no início houve
oposição a ele.
Alguns, por não entenderem a sua proposta, o
acusaram de “profanador dos domingos”. Robert Raikes escreveu vários artigos
mostrando o aspecto bíblico de se usar o Dia do Senhor para o estudo metódico e
integrado da Palavra de Deus. Logo as igrejas foram convencidas e passaram a
usar o método de Raikes. Um de seus primeiros colaboradores foi William Fox, um
crente batista que, em janeiro de 1782, fundou a primeira Escola
Bíblica Dominical em caráter permanente. No Brasil,
o surgimento da EBD se deu graças
ao trabalho de casal de missionários escoceses
Robert e Sarah Kalley. Eles chegaram ao Brasil no dia 10 de maio de 1855 com o
objetivo de pregar o Evangelho de Jesus Cristo aos brasileiros. Os Kalleys se
estabeleceram em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, e alugaram uma casa na
antiga Rua do Imperador (hoje denominada Rua 15 de Novembro). E no dia 19 de
agosto de 1855 deram início à primeira Escola Bíblica Dominical em solo
brasileiro, contando com a presença de cinco crianças. E, com o passar do
tempo, começaram a vir mais e mais pessoas interessadas no estudo da Bíblia
Sagrada.
II – O COMPROMISSO DA IGREJA COMO
AGÊNCIA DE DEUS AQUI NA TERRA É EXCLUSIVO NA PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO ATRAVÉS
DA PALAVRA DE DEUS.
Uma vez que Israel fracassou na
missão sublime de representar o reino de Deus aqui na terra, Deus formou outra
nação, agora, incluso também todo Judeu que declarasse através do testemunho de
vida a mesma fé e crença (Jesus) desta nova nação que não é outra se não a
igreja. Achamos por bem, também, transcrevermos aqui um texto do Ilustre Pastor
Dr. Caramuru Afonso que entendemos ser muito bem definido e apropriado para o
referente assunto em pauta já que a igreja é o novo povo formado por Deus e que
Ele mesmo confiou através do seu filho a incumbência de levarmos ao mundo as
maravilhas do seu reino. A Igreja como tem visto, é a “agência do reino de
Deus” sobre a face da Terra, ou seja, é ela que é incumbida de levar “o reino
de Deus” para a humanidade, de mostrá-lo aos homens. Jesus, ao pregar o
Evangelho do reino de Deus, disse que “o reino de Deus estava próximo” e que,
por isso, era preciso arrepender-se dos pecados e crer no Evangelho (Mc.1:15).
Como “corpo de Cristo” (I Co.12:27), ou seja, como continuadora da obra de
Cristo em Seu ministério terreno, a Igreja tem de prosseguir a pregação do
Evangelho do reino de Deus. Assim, em primeiro lugar, a Igreja manifesta “o
reino de Deus”, mostra “o reino de Deus” através da proclamação do Evangelho,
ou seja, utilizando-se da palavra grega constante do Novo Testamento, do
“kerygma” (???????) (cfr., v.g., Rm.16:25). A Igreja é chamada de “coluna e
firmeza da verdade” (I Tm.2:15), porque deve sustentar e ser a legítima
anunciadora da Palavra de Deus sobre a face da Terra. Num mundo onde a
iniquidade aumenta a cada dia (Mt.24:12), num mundo onde há corrupção geral e
cada vez maior do gênero humano (Rm.1:18-32), cabe à Igreja a difícil tarefa de
anunciar a Verdade, de mostrar ao mundo a Palavra de Deus, resplandecendo como
astro no meio de uma geração corrompida
e perversa (Fl
2:15).
Notemos que após a saída dos Hebreus
do Egito, foi que Moisés recebeu de Deus a Torá (Lei, instrução, o código
orientador da nação Israelita ou a legislação de Israel) para que o povo fosse
guiado às águas tranqüilas e pastos verdejantes (Sl 23:1-7). É bom salientar
que desde o Sinai, Israel passou a dar importância á Lei do Senhor (Êx 13:9). A
meditação diária na Lei de Deus é o segredo do genuíno avivamento (Js 1:8).
Houve uma época em que o livro da lei fora perdido (II Cr 34:15) mas, ao ser
encontrado e lido, trouxe mudanças espirituais na vida do povo de Deus (II Cr
34:18,19). Isto nos faz entender que não podemos nos apartar da palavra de Deus
(Sl 1:3; 119:97; Js 1:3-8). O povo que viveu em terras estranhas
cerca de setenta anos, sofreu a necessidade do ensino da Lei do Senhor
de tal forma que construíram em Babilônia (terra em que se encontravam
cativos), as chamadas “sinagogas” para que pudesse ter liberdade de aprender e
recordar os ensinamentos divinos outorgados pelos seus pais quando ainda
viviam. Mas, quando Neemias, o destemido, enfrenta tudo e todos no objetivo de
restaurar Jerusalém com os seus muros queimados e destruídos, não se esqueceu
ele de concordar com o Escriba e sacerdote Esdras para ler a Lei do Senhor para
o povo depois que a obra estava concluída. A bíblia diz que todo o povo se
ajuntou na praça como um só homem para ouvir o ensinamento da parte do Senhor
contido na sua palavra (Ne 8:1). Agora, depois de setenta anos de cativeiro, o
povo demonstrava anseio pela palavra de Deus e o Escriba Esdras não desperdiçou
aquele tempo oportuno, mas trouxe a Lei perante todos e leu e o povo estava
atento de tal forma que desde a alva do dia ficaram até ao meio dia de pé se
alegrando na palavra do Senhor (Ne 8:1-3).
III – O
COMPROMISSO COM A PALAVRA DO SENHOR NO CULTO
A responsabilidade estava sobre o
escriba, o ato de transcrever a lei para o rei (Dt 17:18,19). Moisés, para
deixar um legado espiritual em Israel, transcreveu a lei para os sacerdotes e
para os anciãos (Dt 31:9), e ordenou que fosse lida no tempo e no local
determinado pelo Senhor (Dt 31:11-13). Isto fez Esdras quando ajuntou o povo na
praça em Jerusalém (Ne 8:3). Não pode ser diferente a posição da igreja em
relação a palavra de Deus em suas reuniões, antes deve proclamá-la publicamente
(At 2:42). Para que o povo pudesse ouvir a palavra, prepararam um lugar
adequado: “Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que
fizeram para aquele fim...” (Ne 8:4). O Senhor já havia ordenado ao seu
povo o local do culto (Dt 12:11); após, anos de cativeiro, chegara o momento
tão esperado (Sl 84:10). O local de nossas reuniões deve ser amado pelo crente
e jamais desprezado (Hb 10:25). Numa demonstração de reverência á palavra
de Deus, ao ser aberta a lei, o povo se pôs em pé: “E Esdras abriu
o livro perante os olhos de todo o povo... e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs
em pé” (Ne 8:5). Naquele momento contagiante, a alegria do povo estava
radiante e com louvor e adoração agradecia a Deus perante a sua
presença, “E Esdras louvor ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo
respondeu: Amém! Amém!, levantando as suas mãos, e inclinaram-se e
adoraram ao Senhor, com os rostos em terra” (Ne 8:6).
Eis aí um grande exemplo para os dias
de hoje, pois muitos querem demonstrar a participação em um avivamento falso e
enfraquecedor, onde não se faz menção da palavra de Deus, mas tudo gira em
torno dos prazeres carnais. Isso não é avivamento! Avivamento sem a palavra
divina não passa de um mero encontro de amigos, colegas e parentes como uma
dispersa nuvem carregada pelo vento, ou como, as ondas de um mar que horas está
lá em cima e hora está lá em baixo. Não queremos esse avivamento divorciado da
lei do Senhor, pois nos trará inchaço e escândalos, além de pessoas
descomprometidas com o Reino de Deus. Queremos um avivamento onde a palavra de
Deus é ensinada, pregada e entoada nos louvores para nos trazer fortalecimento
e prazer em está com o Senhor e esperança de vida eterna com Ele.
IV – O COMPROMISSO COM A
PALAVRA DE DEUS RESULTA EM GRANDES BÊNÇÃOS NA VIDA DO POVO DELE.
O Senhor havia separado os Levitas
para o ministério do ensino da lei (Lv 10:11; Dt 33:10). Nesse trabalho
espiritual, eles percorriam as cidades ensinando ao povo a Lei (II Cr 17:8,9).
Isto sucedeu porque o Senhor Deus deu importância ao ensino no meio do seu povo
(Dt 11:18-20). Sabemos, que uma das qualidades de um líder é que seja apto para
ensinar (I Tm 3:2). O ensino tem por finalidade nos ajudar a compreender as
Escrituras (At 8:31). Para isto, foram convocados os levitas que conheciam a
língua e a lei para ajudar Esdras nesta grande maratona de
leitura: “E leram no livro da lei de Deus; e declarando, e explicando o
sentido, faziam que, lendo, se entendesse” (Ne 8:8). Devemos,
portanto, valorizar o ensino da palavra de Deus, a fim de que o povo entenda e
não os interprete a seu bel-prazer (II Pe 3:16,18). Neemias, como governador de
Jerusalém (Tirsata), estava junto a Esdras e aos Levitas ensinando a lei ao
povo (Ne 8:9), E, neste momento, houve um grande quebrantamento pela palavra de
Deus; por isso, disseram ao povo: “Este dia é consagrado ao Senhor vosso
Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava,
ouvindo as palavras da lei (Ne 8:9). Que coisa maravilhosa é ver e
participar de um culto onde há choro, quebrantamento e arrependimento com
sinceridade! Sendo assim o Senhor não desprezará o seu povo (Sl 34:18). Estamos
certos de que quando há quebrantamento, aí há benignidade, solidariedade, e o
ide de Jesus é cumprido sem restrições. Que a cada dia, venha sobre nós a lei
do Senhor! ALELUIA!
Podemos ser agraciados pelas bênçãos
de Deus no nosso homem interior através da lei do Senhor (Rm 7:22; Dt 28:1,2).
O crente só pode conhecer sua posição espiritual, quando conhece a palavra de
Deus (Mt 22:29). A lei quando foi lida ao povo, pelos Levitas, trouxe grandes
bênçãos sobre todos (Ne 8:12). Num clima de muito quebrantamento, choro,
arrependimento e confissão, o povo ouviu uma mensagem de renovação
espiritual: “...portanto não vos entristeçais, porque a alegria do
Senhor é a vossa força” (Ne 8:10). Depois de tanto tempo ausente de
Jerusalém, chegara o momento de regozijo, pois o Senhor era a força de seu
povo; eles estavam livres outra vez (Sl 124:7,8). Aquele dia foi um dia
inesquecível na história do povo Judeu e é considerado um dos maiores
avivamentos que a bíblia registra e por sua vez liderado por Neemias. Esse dia,
verdadeiramente, pode chamar de “dia santo”, pois o dia santo é aquele que
passamos na presença de Deus e da sua poderosa palavra: “Calai-vos; porque
este dia é santo; por isso não vos entristeçais” (Ne 8:11). A
própria bíblia nos diz: “santifica-o na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jo
17:17). Por isso, não devemos desprezá-la, e sim, amá-la e praticá-la a cada
dia para termos a verdadeira santidade refletida em nós por Cristo Jesus, a
palavra santa.
O Apóstolo Paulo afirma que o Senhor
Deus, deu Mestre á sua igreja para o ensino e crescimento do seu corpo (Ef
4:11,12). O Senhor havia dado a Esdras e aos demais obreiros, a capacidade de
explicarem a lei, de tal maneira, que todos entendessem: “...porque
entenderam as palavras que lhes fizeram saber” (Ne 8:12). Hoje
temos o Espírito Santo de Deus que nos ajuda a entendermos á palavra Dele
através da instrumentalidade dos seus servos (Jo 14:26; 16:13). E a mim e a
voçê? Deus deu-nos a responsabilidade de proclamar a sua palavra ao mundo?
Então, vamos procurar sempre, está compromissado com a sua palavra para
alcançarmos as ricas bênçãos que Ele preparou não só para nós, mas por todo
aquele que for alcançado por sua magestosa palavra. ALELUIA!
CONCLUSÃO
Assim, em toda a história de Israel como também no Novo Testamento,
encontramos
os registros da responsabilidade e prática no ensino da Palavra de Deus
que tinha o povo escolhido por Deus. Portanto, vale a pena lembrar que a primeira
tarefa da Igreja como agência do reino de Deus sobre a face da Terrae stá,
precisamente, na pregação do Evangelho ao mundo, na tarefa da evangelização. A
evangelização é a missão fundamental da Igreja. A pregação do Evangelho é uma
responsabilidade que a Igreja tem diante de seu Senhor, que não só a
determinou, em caráter imperativo (Mc.16:15), como também a efetuou em Seu
ministério terreno (Mc.1:15).
Biografia
Bíblia Plenitude (ARC)
Apontamentos do Autor
Dicionário da Língua Portuguesa
Comentarista:
Pastor Josaphat Batista - Credenciado CEADEB 5.651 - CGADB 28.509 - Presidente
do Campo da Assembléia de Deus na cidade de Ibotirama-Ba. Pós-Graduado em
Docência do Ensino Superior, Bacharel em Teologia Convalidado pelo MEC, Membro
do CEECRE (Conselho Estadual de Educação e Cultura Religiosa da CEADEB),
Diretor da ESTEADI (Escola Teológica da Assembléia de Deus em Ibotirama,
Conferencista, Seminaristas, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de
Camaçari-Ba.
Contatos: (77)3698-3367 (Residência)
(71) 8166-9761 (Tim –
Portabilidade) (77) 8849-3304 - OI
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