Texto Básico:
Neemias 4:1-9“Porém
nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite,
por causa deles”(Ne 4:1-9).
INTRODUÇÃODurante todo o período de reconstrução,
Neemias e o povo enfrentaram situações de oposição: quando Neemias teve
permissão e recursos para voltar para Jerusalém, a oposição ficou profundamente
perturbada (Ne 2:9,10); quando o povo declarou sua intenção de reconstruir os
muros, a oposição zombou dele e o desprezou (2:18,19); quando o povo de fato
começou a reconstruir os muros, a oposição “ardeu em ira, e se indignou muito,
e escarneceu dos judeus” (4:1); quando o povo continuou a reconstruir os muros,
a oposição ficou muito irada e conspirou atacá-lo e criar confusão (4:6-8); e,
por fim, quando o povo concluiu a reconstrução dos muros, a oposição fingiu
aceitar, mas queria prejudicá-lo (6:1-9). Satanás não dá trégua! Durante toda a
Obra de Deus ele vai fazer oposição; destruir faz parte da essência do seu
caráter(ler João 10:10). Isto nos remete à realidade de que a vida cristã é uma
guerra contínua; é uma batalha sem trégua. É impossível realizar a Obra de Deus
sem oposição. Vejamos nesta aula quão variados foram os métodos do inimigo para
tentar paralisar a obra e como Neemias reagiu a cada investida.I.
OPOSIÇÃO FERRENHASambalate (governador de Samaria), Tobias (da nobreza dos amonitas) e Gesém (o árabe – possível rei de Quedar, segundo descobertas
arqueológicas), tentaram de todas as maneiras tirar Neemias do projeto que
estava comprometido. Todos estavam engajados na oposição à obra de Deus.
Também, os arábios (sul), os amonitas e os asdoditas (4:7) se uniram a estes
para se oporem ao povo de Deus. Houve uma orquestração maligna contra o povo de
Deus.Além da pressão externa dos arábios, dos amonitas
e dos asdonitas, houve momentos em que a imensidão da tarefa quase subjugou os
judeus. Diante das enormes pilhas de escombros, a força e o entusiasmo do povo
começaram a se esvaziar (4:10). Como não bastasse, os judeus que moravam fora
de Jerusalém trouxeram notícias de um ataque iminente. Neemias rapidamente
colocou o povo por detrás do muro e entregou armas aos trabalhadores,
encorajando-os com as palavras: “lembrai-vos do Senhor[...] e pelejai” (ler Ne 4:7-14).Ainda hoje, sempre que a Igreja de Deus se levanta
para fazer a obra de Deus, o inferno se agita, o mundo se levanta e há uma
conspiração contra ela de todas as forças aliadas. Diversas passagens bíblicas
mostram que Satanás e seus demônios tentam impedir o avanço dos que são fiéis a
Deus. Vamos citar apenas algumas:* Zc 3:1: "Deus me mostrou o sumo sacerdote
Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor e Satanás estava à mão direita
dele, para se lhe opor".* Dn 10:12-13: "Então
me disse: Não temas Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o
coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas
palavras; e por causa das tuas palavras é que eu vim. Mas o príncipe do reino
da Pérsia me resistiu por vinte e um dias (...)".* 1Ts 2:18: "Por
isto quisemos ir até vós (pelo menos eu Paulo, não somente uma vez, mas duas),
contudo Satanás nos barrou o caminho".Precisamos entender uma coisa: Satanás faz
oposição à obra de Deus, mas seu poder para isto é limitado pelo próprio
Senhor. Lembra-se da história de Jó? Deus permitia a ação do Diabo, mas sempre
lhe determinava os limites.1. A ira dos
adversários - “E sucedeu que, ouvindo Sambalate que
edificávamos o muro, ardeu
em ira,
e se indignou muito...”(4:1). A
restauração de Jerusalém provocou a ira dos adversários. Sambalate, o líder
opositor, mobilizou seu exército e procurou incitar o povo contra os judeus
(4:2; ler 4:7). Esses inimigos não queriam a restauração do povo de Deus.
Enquanto Jerusalém estava debaixo de opróbrio, eles estavam calmos, mas bastou
a disposição para a reforma e eles se agitaram e se levantaram com grandes
insultos. Da mesma forma, hoje, os nossos inimigos não ficam sossegados quando
alguém luta pela Igreja e se levanta para reconstruir a casa de Deus. Onde o
povo de Deus busca restauração, avivamento, ocorre a fúria do inimigo.2. A falsa acusação – “O
que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o
arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis?
Quereis rebelar-vos contra o rei?”(Ne
2:19). Sambalate e Tobias rotularam a reconstrução dos muros de Jerusalém como
uma rebelião contra o rei Artaxerxes e não uma reforma, provavelmente ameaçando
denunciar os construtores como traidores. Mas Neemias tinha uma resposta para
eles que revelava não apenas a sua própria determinação de realizar o trabalho
até à sua conclusão, porém mais significativamente a sua fé em Deus, que tinha
o poder de ajudá-lo a executar o trabalho para o qual o próprio Senhor o havia
chamado.3. A resposta à
insinuação caluniosa. Neemias
confiou em Deus, e recusou dar ouvidos às falsas acusações dos inimigos. Sempre
prudente e sábio, respondeu-lhes: “O
Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos
e edificaremos...”(Ne 2:20).A confiança em Deus é o
maior incentivo à obra. Isso sugere
poderosa proteção: "O
Deus dos céus..." (2:20). Isso sugere também providencial vitória: "[...] é quem nos fará prosperar[nos dará êxito
–ARA]" (2:20). Quem confia em Deus não teme os adversários, não se rende
diante de suas ameaças e falsas acusações.Sem a ajuda de Deus, o
nosso trabalho é vão - "Se o Senhor não edificar a cidade, em
vão trabalham os que a edificam"
(Sl 127:1). A Obra de Deus é feita não por força nem por violência, mas pelo
Espírito de Deus (Zc 4:6). Jesus disse: "Sem mim, nada podeis fazer"
(João 15:5). Paulo pergunta: "Se Deus é por nós, quem será contra
nós?" (Rm 8:31). "Maior é aquele que está em nós do que aquele que
está no mundo”(1João 4:4).A vitória vem de Deus,
mas nós precisamos empunhar as ferramentas de trabalho e as armas de combate. É preciso se dispor e reedificar. A soberania de Deus
não anula a responsabilidade humana. Neemias foi contundente diante da
oposição: “... nos levantaremos e edificaremos...”.Quando o muro de Jerusalém foi terminado em
cinquenta e dois dias, até mesmo os inimigos dos judeus tiveram de reconhecer
que essa obra fora concluída com a ajuda de Deus (cf Ne 6:15,16). Deus sempre
cumpre a sua parte quando os fiéis cumprem a sua, com fé perseverante.Aprendemos aqui que o verdadeiro líder não se
deixa desencorajar por ataques pessoais injustos; o verdadeiro líder se
preocupa com a causa em que está envolvido; o líder de Deus não se cansa
enquanto não vê a obra das suas mãos concluída.II.
O ESCÁRNIO DOS ADVERSÁRIOSOs inimigos usaram a ridicularização para
tentar dissuadir o povo de realizar a obra de Deus. Usaram os meios mais
diabólicos para causar desespero e desânimo no povo de Deus.1) Eles usaram a arma
do escárnio - “E sucedeu que, ouvindo Sambalate que
edificávamos o muro [...] escarneceu
dos judeus”(4:1). A obra de Deus sempre foi alvo de zombaria e
escárnios. Constantemente, os féis de Deus enfrentam este tipo de agressão,
pelo fato de, a cada dia, procurarem viver uma vida de retidão entre os que não
conhecem a Deus. Podemos
lembrar aqui alguns exemplos de escárnios e zombarias:a) Escarneceram do
próprio Senhor. Jesus estava
iniciando sua dolorosa caminhada rumo à cruz. “E, despindo-o, o cobriram com
uma capa de escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça
e, em sua mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam,
dizendo: Salve, Rei dos judeus! E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e
batiam-lhe com ela na cabeça. E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a
capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado”(Mt
27:28-31).Satanás, usando pessoas, utiliza a zombaria para
atacar o Senhor de maneira vil. O Senhor era de fato rei, porém seu reino não
era terreno (João 18:36). Aproveitando a situação, o inimigo tentou humilhá-lo,
através do escárnio e da violência! Contudo, o diabo não conseguiu afastá-lo de
seu objetivo que foi a morte na cruz pelos nossos pecados. O "justo morreu
pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1Pe 3:18).b) Escarneceram da
palavra de Paulo - “E, como
ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam:
Acerca disso te ouviremos outra vez”(At 17:32).Todos nós conhecemos o ardor missionário de Paulo.
O contexto deste versículo nos mostra o apóstolo pregando no areópago, um
centro de convenções na cidade de Atenas. Neste lugar, havia altares para os
mais diversos deuses. Ali ele aproveitou o momento e, partir de um altar
eregido ao "Deus desconhecido", mostrou-lhes o caminho da salvação.
Porém quando fala sobre a questão da ressurreição dos mortos, o clima de
curiosidade foi transformado num clima de zombaria! O desprezo tomou conta dos
presentes, que não queriam mais ouvi-lo.c) Pedro e Judas nos
falam dos escarnecedores dos últimos dias:2Pe 3:3: “sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão
escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências”.Jd 18: “os quais vos diziam que, no último tempo, haveria
escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”.Como povo do Deus vivo, não podemos perder de
vista o fato de que sempre houve e sempre haverá escarnecedores da obra de
Deus. Todavia, tanto Pedro, como Judas nos alertam que esta artimanha diabólica
tenderá a crescer nos últimos dias. Estes escarnecedores terão um estilo
próprio e escorados em suas tendências carnais pecaminosas, investirão contra
os servos de Deus e sua obra.2) Eles tentaram
diminuir a auto-estima do povo de Deus, chamando-o de fraco – “...Que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4:2). A força de um povo é constatada pelas
suas atitudes que, na verdade, são reflexos da ação do seu líder, ou seja, a
ação do líder determina a reação de um povo. Um líder fraco enfraquece a forte
gente; um líder forte fortalece a fraca gente, e esta é uma realidade bíblica.
Se Neemias tivesse demonstrado fraqueza naquele momento de escárnio e zombaria,
o povo tinha recuado e a liderança de Neemias estaria arruinada.Entre os pastores da
Palestina contava-se uma historia interessante e autodidática. Certo
pastor de ovelhas, no seu pastoreio diário, cumpria uma rotina de caminhada e,
nesta caminhada, no inicio da tarde, chegava com suas ovelhas ao pasto que
considerava ele ser o melhor, um extenso gramado a beira de um raso e calmo
rio.Certo dia, ao analisar
minuciosamente o comportamento do rebanho, percebeu que mesmo parecendo, ele
não estava fazendo o melhor por suas ovelhas. Erguendo então os olhos,
vislumbrou alem do rio um pasto muito melhor e decidiu fazer as ovelhas
atravessarem o rio a fim de alcançarem melhor pasto. Enfileirou-as e as
instigava a atravessarem. Entretanto, a fila não andava, pois não havia ovelha
que ousasse entrar nas correntes mansas e rasas do rio.Então o pastor pensou e
decidiu: “Vou colocar a mais robusta e saudável no inicio da fila. Assim, ao
fazê-la atravessar, todas as outras a seguirão. Não adiantou, o rebanho não
andou. Insistindo nisto varias vezes, sem êxito, se irritou e disse consigo
mesmo: eu vou atravessar, e quem quiser o melhor me seguirá!”. As ovelhas o
observaram atentamente.O pastor empunhou o cajado
com firmeza, olhou fixamente a outra margem e entrou nas rasas e mansas águas
do rio e para sua surpresa, nenhuma das ovelhas deixou de atravessar. Até
aquelas que ele julgava serem as mais fracas seguiram-no; e todas atravessaram
e alcançaram o melhor pasto.Moral da história: se o líder quer que o povo faça, basta-lhe apenas
dar o exemplo, agindo corretamente, pois a ação do líder determina a reação do
povo.Quando lemos o livro de Josué e sua trajetória de
virtuosa liderança nos capítulos 3 e 4, na travessia do rio Jordão, nós
compreendemos que as ações de Josué são determinantes. Ele levantou de madrugada,
foi com os sacerdotes o primeiro a pisar nas águas transbordantes do Jordão.
Parou no meio do rio e, enquanto o povo a pés enxutos atravessava, Josué
ordenou que dali de perto das plantas dos pés dos sacerdotes se tirassem doze
pedras para com elas erigir um monumento para memorial(ver Js 4:3).Em toda a historia de Josué você não o encontra se
lamentando, se lastimando, desanimado, cabisbaixo ou coisa parecida. Desde
Êxodo 17, nós o vemos lutando e no final de sua carreira, o encontramos
dizendo: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor!” (ler Js 24:15).3) Eles tentaram atacar o
culto a Deus – “...Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão?” (Ne 4:2). Esta é uma tática corriqueira de Satanás.
Quando ele vê que o povo de Deus está em comunhão, em consagração a Deus, fará
de tudo para desfazer isso; por isso o povo de Deus precisa estar sob alerta e
discernente com relação aos ardis de Satanás.4) Eles tentaram desunir
o povo de Deus. Percebendo
Sambalate, o líder dos opositores, que o povo de Deus estava unido,
indagou: ”Acabá-lo-ão
num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?”(Ne 4:2).A desunião e a divisão
entre o povo de Deus é uma das armas principais de satanás, talvez a mais usada contra a Igreja do Senhor.
Atualmente, o adversário de nossas almas tem conseguido causar grande prejuízo
à obra de Deus porque consegue criar, no meio do povo de Deus, o espírito de
divisão, o ânimo da competição, gerando brigas, disputas e lutas entre quem
deveria ser irmão. Este espírito faccioso tem origem diabólica (Tg 3:15,16),
gerando tão somente perversão e animosidade. Fujamos, pois, de tal
comportamento, buscando estar debaixo da mão potente de Deus, em comunhão com
Ele e com o Príncipe da Paz, pois temos paz com Deus (Rm 5:1) e, enquanto
depender de nós, devemos ter paz com todos os homens(Rm 2:13), o que significa
termos, sempre, paz com os irmãos (1Ts 5:13).5) Eles zombaram do
povo de Deus, ridicularizando o valor e a consistência do seu trabalho– “... Ainda
que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra”(4:3). O mundo continuamente despreza os padrões morais
do cristão e zomba da sua dedicação a Cristo.O desprezo e a zombaria
atacam nossas emoções e pode
provocar reações das mais diversas, como ira, ódio, agressão, etc. Porém, não
podemos nos deixar levar por estes sentimentos, pois é isso que Satanás mais
quer: o desequilíbrio. Nossa confiança e nossa resposta devem ser as mesmas de
Neemias: “o Deus dos céus nos ajudará e por fim vindicará os justos” (Ne 2:20).Apesar de todos esses
ardis dos inimigos do povo de Deus, Neemias não vacilou; em vez de trocar insultos, se revestiu da maior arma:
a oração (4:4,5). A oração é a coisa mais prática que podemos fazer nos
momentos que os inimigos escarnecem de nós, zombam de nós, criticam-nos.
Todavia, ela não é um substituto da ação. Neemias faz uma oração imprecatoria
por duas razões: Primeiro, porque os inimigos estavam provocando a própria ira
de Deus. Segundo, porque os inimigos estavam desprezando o próprio povo de
Deus. A oração nos capacita a dar vazão ao que sentimos e nos capacita a olhar
o problema da perspectiva de Deus. Quando oramos, nossa ira e nossos ressentimentos se
dissipam. Revestido desta arma,
Neemias recobrou o ânimo para trabalhar (4:6): “Assim, edificamos o muro, e todo o
muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a
trabalhar”.Esse procedimento de
Neemias nos traz duas belas lições: Primeiro, quando formos escarnecidos por causa de nossa fé ou
criticados por fazermos o que sabemos ser correto, recusemo-nos a responder da
mesma maneira ou a tornarmo-nos desencorajados; digamos a Deus como nos
sentimos e lembremo-nos de que a promessa dEle está conosco; isto nos dará
encorajamento e força para continuarmos. Segundo, Não fomos chamados para contar os inimigos nem
temê-los; fomos chamados para fazer a obra de Deus apesar da oposição.
Concentremo-nos, pois, em Deus e na sua obra e não teremos tempo para sermos
distraídos pelas críticas do inimigo.III.
A GUERRA CONTRA OS EDIFICADORES1. Os inimigos se uniram(Ne
4:7,8). Ao perceberem que a
zombaria e o escárnio não surtiram quaisquer efeitos sobre Neemias e seus
comandados, os inimigos ficaram tremendamente irados-"...iraram-se sobremodo..."(4:7). Então, formaram uma grande coligação e
ensaiaram uma guerra contra o povo de Deus – "...coligaram-se todos, para virem guerrear
contra Jerusalém e fazer confusão ali"(4:8). A confusão é tão perigosa quanto a violência do
inimigo.O inimigo tenta infiltrar-se para intimidar e
desestabilizar o povo; seu objetivo é paralisar a obra. A confusão visava a
distrair o povo e tirar os seus olhos do foco. Eles queriam não apenas causar
confusão, mas matar os judeus (4:11), obtendo, assim, o seu verdadeiro
objetivo: paralisar a obra (4:11).Esta é uma tática
diabólica que assusta, mete medo!
Muitos desistem dos planos de restauração, quando a resistência atinge este
nível ameaçador. Porém, olhando para o texto bíblico, podemos perceber como
Neemias orientou seu povo a não se intimidar com as ameaças, mas preparou-se
para um possível ataque. Ele
usou duas armas infalíveis contra Satanás: a oração e a vigilância(Ne 4:9).2. Oração e vigilância. “Porém
nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite,
por causa deles”(Ne 4:9). Estas foram
as armas que Neemias enfrentou a pressão e o ataque dos inimigos.a) A oração – “Porém
nós oramos ao nosso Deus...”.Neemias
era um homem prático, um administrador por excelência. Ele tinha a capacidade
de fazer as perguntas certas, de contatar as pessoas certas, de mobilizar essas
pessoas, levantar seu ânimo e desafiá-las para uma grande obra. Mas Neemias
sabia que o sucesso da obra de Deus depende também e, sobretudo, de oração.
Esse grande líder sabia que fé (oração) e obra (puseram guarda) andam juntas. A
oração não é um substituto da ação. Não podemos enfrentar os inimigos sem o
socorro de Deus, sem a ajuda do céu.b) Vigilânca – “...pusemos
uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles”. Neemias era um sujeito prático. Ele não era uma
dessas pessoas de quem algumas vezes dizemos que são tão religiosas que não têm
qualquer utilidade terrena. Ele mantinha os seus pés no chão. Ele sabia como
organizar e atuar. Mas ele decidiu que, enquanto orava e trabalhava, deveria
haver uma sentinela que vigiasse dia e noite, e que cada seção do muro deveria
ser guardada pela vigília de um homem atento ao inesperado ataque do inimigo.Portanto, não basta
orar, é preciso vigiar. É preciso
manter os olhos abertos. É preciso existir estreita conexão entre o céu e a
terra, confiança e boa organização, fé e obras. É preciso estar atentos aos
ardis, laços e ciladas do inimigo. Muitos caem porque deixam de vigiar.O crente vigilante é um crente que não só se precavém do mal e das
astutas ciladas do diabo, como também anuncia a todos quantos estão à sua volta
do perigo que estão a correr, que dá notícia da realidade, da verdadeira
situação em que o mundo se encontra. Um cristão sincero e verdadeiro jamais se
cala diante do momento delicado e importante que estamos vivendo, pois é
consciente de que o servo de Deus, que é feito conhecedor do cumprimento das
profecias bíblicas e da proximidade da vinda do Senhor bem assim de que estamos
no final da dispensação da graça, não será tomado por inocente se se calar (ler
Ez 33:1-11). Por isso, o Senhor tem levantado, no meio da Sua Igreja, homens e
mulheres que, com intrepidez e eloquência, têm sacudido o mundo com a mensagem
que ficou um tanto quanto abafada ao longo da história da Igreja: Jesus breve
virá!Em fim, o
crente vigilante é aquele que não dorme. Dormir, como vemos na parábola das dez virgens,
tem o significado de ter distraído a atenção para as coisas desta vida,
descuidar da presença de Deus nas nossas vidas. As virgens loucas não tinham
azeite em suas lâmpadas, ou seja, tiveram a sua atenção desviada para as coisas
desta vida e se descuidaram de ter o Espírito Santo em seu interior, o que
acontece quando nós O entristecemos (Ef 4:30). Portanto, não dormir significa
não deixar faltar o azeite, o que acontece quando fazemos a vontade do Senhor,
quando seguimos a sua direção, quando nos inclinamos para as coisas do Espírito
(Rm 8:5-9).Amém?
CONCLUSÃOEm cada época
existem aqueles que odeiam o povo de Deus e tentam impedir a realização dos
seus propósitos. Ao tentar realizar a obra de Deus, alguns se oporão e outros
até mesmo desejarão que você não consiga realizá-la. Saber que Deus é o
idealizador e o patrocinador de seu ministério é o melhor incentivo para prosseguir,
mesmo diante da oposição. Deus é mais forte do que todos os seus adversários.
Se confiarmos nele, teremos bom êxito no trabalho. “Meus irmãos, não vos
maravilheis, se o mundo vos odeia”(1João 3:3).
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD –
Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog:
http://luloure.blogspot.comReferências
Bibliográficas:William Macdonald – Comentário Bíblico Popular
(Antigo e Novo Testamento).Bíblia de Estudo Pentecostal.Bíblia de estudo – Aplicação PessoalRevista Ensinador Cristão – nº 48.O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.Comentário Bíblico Beacon - CPAD
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA
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