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26 de julho de 2011

Analisando O Livro de Naum


Chave: Sentença contra Nínive

Comentário:

Naum, este livro é uma obra-prima na literatura hebraica. Seu estilo é claro e simples, apesar de significativo e enérgico. Seu livro é o sétimo dos doze livros chamados profetas menores, até mesmo a data é inserta, embora análise da sua linguagem, junto com interpretação de diversas referencias, indique que foi escrito provavelmente depois da queda de Tebas diante da Assíria, em 663 a.C. (Naum 3,8 em diante) e antes da queda do império Assírio diante dos neobabilônicos, em aproximadamente 612 a.C.
Depois dos assírios levarem as dez tribos cativas, andava muito preocupado por causa das ameaças desse povo. Foi no tempo em que Ezequias tirou todo o ouro e prata do templo e o enviou ao rei da Assíria, na esperança vã de aplacar a sua fúria. 2 Reis 18. 16. Chegaram, também, noticias de conquistas no Egito, que aumentava o terror do povo. Nesse tempo de desespero e desânimo em Judá, livro contrastes, descreve o poderoso imperialismo de uma nação despótica e pagã, e declara o triunfo certo e final da justiça e soberania de Deus. A causa imediata da profecia foi à premente questão da justiça de Deus e sua fidelidade às promessas. Assíria, grande potência militar e econômica, havia dominado os destinos das nações limítrofes, inclusive Judá. Ao impor pesados tributos e exigir onerosa escravidão, aquela potência havia transformado Judá em um estado quase vassalo. A fim de proteger-se, Judá estabelecera alianças com outras nações, esquecendo-se da promessa de Deus de que ele protegeria a nação bem como seu povo.
Portanto, era fraca a vida nacional de Judá. Sua vida espiritual enfraquecia-se cada vez mais e sua segurança territorial corria constante perigo por causa das incursões de hordas procedentes de Nínive. Surgiu, pois, a pergunta: "Esqueceu-se Deus de Judá? Por que prospera esta nação perversa da Assíria enquanto nós sofremos? São vazias as promessas de Deus?" E enquanto Judá não recebia resposta a tais perguntas, a desesperação se apoderava do povo.
De repente, ouviu-se a voz retumbante de Naum, que dizia: "Nínive cairá. Nínive era a capital da Assíria, que durante três séculos dominava o mundo, Deus preservará seu povo." Esta profecia parecia inacreditável para os de limitada compreensão espiritual. O propósito da profecia era duplo: predizer a destruição de Nínive por causa de seu pecado; e aliviar a aflição e desesperança de Judá, assegurando-lhe que a promessa de Deus é fiel. A profecia tem um único assunto: Nínive cairá, Judá será vindicada.
Fazia 150 anos que os ninivitas se arrependeram com a pregação de Jonas. Mas já tinham esquecidos e voltados para sua vida de outrora.
Em seu estilo literário, o livro é a um tempo poético e profético, harmonizado a vivida linguagem metafórica com o estilo rude e direto da declaração profética. O livro de Naum divide-se em três capítulos. Mas consiste de um só poema: I. Iniciando com uma descrição solene da ira e a misericórdia de Deus, cap. 1. II. O cerco e tomada de Nínive, cap.2. e em III. A ruína completa da cidade, cap.3. Primeiro capítulo é antes de tudo um salmo, ao passo que os capítulos 2 e 3 são proféticos. E, Introduz o exemplo de Nô-Amon (Tebas), e a grande e fortificada cidade do Egito, que caiu pela sentença de Deus, para ilustrar os castigos semelhantes que sobrevinham aos assírios, Naum 3. 8 – 10.
“Naum começa sua mensagem mediante uma declaração intrépida relativa à natureza e que toma vingança, o Senhor toma vingança e é cheio de furor: o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos” (1:2). Este tema satura o livro. Considerando que a Assíria pecou ao desprezar a Deus, será totalmente destruída. Judá foi desleal por não confiar implicitamente em Deus, estabelecendo aliança com outras nações. A queda e destruição de Nínive deve ser uma advertência para ela.
A mensagem de Naum é aplicável a todas as eras. Os que com arrogância resistem a Deus e não confiam na sua provisão e cuidado, sentirão inevitavelmente sua ira; os que nele depositam sua fé, esses serão preservados em virtude do amor divino.
         Nínive foi destruída quase um século depois justamente como Naum predisse.


Autor: 

Naum, 1:1.

Pouco sabemos de Naum, Nome que ocorre uma só vez na A.T. no princípio do “livro da visão de Naum, o elcosita” excetuando-se o que se nos diz neste breve livro. Seu nome não é mencionado em nenhuma outra parte das Escrituras Sagradas, com a possível exceção da linha genealógica citada em Lucas 3. 25. Tudo o que dele sabemos é que viveu em Judá, provavelmente em Elcós, localidade que não se pode indicar com certeza, embora seja consenso de que era uma cidade a sudoeste de Judá, segundo Jerônimo! Ele afirma que Elcós era uma antiga e pequena aldeia da Judéia. e que foi contemporâneo de Jeremias. A palavra Naum significa consolo. O livro assume uma forma de imprecação formal contra os inimigos de Jeová especialmente Nínive (a capital da Assíria).

A Imprecação

     Tais imprecações eram uma típica maneira de afirmar a lealdade a Jeová. O livro é, também, uma profecia para o povo de Judá de que eles logo se veriam livres do tormento assírio. Há a ameaça de que o poder de Jeová não deve ser tratado de maneira inconsciente. (Que não é consciente; que não tem consciência de seus atos). “Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar da sua ira? O seu furor se derrama como fogo, e as rochas se despedaça diante dEle” Naum 1. 6. Nem mesmo a poderosa Nínive pode manter–se de pé diante dEle. Entretanto, fica embutida nessa profecia uma advertência a Judá: se for fiel a Deus, a destruição pode alcançar-la. Contudo, ao contrario do restante dos profetas, Naum se concentra na destruição dos inimigos de Judá. Apartir de uma perspectiva literária, Naum não foi nada menos que um gênio. Sua poesia é elaborada de maneira magnífica, rivalizando com as mais refinadas que se encontram na literatura hebraica. Como obra religiosa, a despeito do mistério em relação à autoria e data precisa, faz uma declaração profunda sobre a certeza de que a injustiça nacional não prevaleceria.

Samuel da Silva – Professor da Escola Bíblica Dominical – Igreja Assembléia de Deus. Camaçari – Ba.
Fontes: Clarence B. Bass. Doutor em Filosofia e Letras, bíblia digital
Livro: Todos os Personagens da bíblia de A a Z – RICHARD R. LOSCH
Dicionário Bíblico: João B. Ribeiro Santos.
Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer 

2 comentários:

  1. Achei intereçante o que você escreveu sobre o livro de Naum.
    Mais preciso de mais tempo para aprender usar o bloges, e fazer algum comentário do mesmo.
    Ass: Roberto Santana

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  2. Que Deus abençoe seu bog que voce possar a cada dia postar e divulgar o evangelho de Jesus cristo e o que acontese neste mundo.gostei muito. a paz

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