Chave: Sentença contra
Nínive
Comentário:
Naum, este livro é uma
obra-prima na literatura hebraica. Seu estilo é claro e simples, apesar de
significativo e enérgico. Seu livro é o sétimo dos doze livros chamados
profetas menores, até mesmo a data é inserta, embora análise da sua linguagem,
junto com interpretação de diversas referencias, indique que foi escrito
provavelmente depois da queda de Tebas diante da Assíria, em 663 a.C. (Naum 3,8
em diante) e antes da queda do império Assírio diante dos neobabilônicos, em
aproximadamente 612 a.C.
Depois dos assírios
levarem as dez tribos cativas, andava muito preocupado por causa das ameaças
desse povo. Foi no tempo em que Ezequias tirou todo o ouro e prata do templo e
o enviou ao rei da Assíria, na esperança vã de aplacar a sua fúria. 2
Reis 18. 16. Chegaram, também, noticias de conquistas no Egito, que
aumentava o terror do povo. Nesse tempo de desespero e desânimo em Judá, livro
contrastes, descreve o poderoso imperialismo de uma nação despótica e pagã, e
declara o triunfo certo e final da justiça e soberania de Deus. A causa
imediata da profecia foi à premente questão da justiça de Deus e sua fidelidade
às promessas. Assíria, grande potência militar e econômica, havia dominado os
destinos das nações limítrofes, inclusive Judá. Ao impor pesados tributos e
exigir onerosa escravidão, aquela potência havia transformado Judá em um estado
quase vassalo. A fim de proteger-se, Judá estabelecera alianças com outras
nações, esquecendo-se da promessa de Deus de que ele protegeria a nação bem
como seu povo.
Portanto, era fraca a vida nacional de Judá. Sua vida
espiritual enfraquecia-se cada vez mais e sua segurança territorial corria constante
perigo por causa das incursões de hordas procedentes de Nínive. Surgiu, pois, a
pergunta: "Esqueceu-se Deus de Judá? Por que prospera esta nação perversa
da Assíria enquanto nós sofremos? São vazias as promessas de Deus?" E
enquanto Judá não recebia resposta a tais perguntas, a desesperação se
apoderava do povo.
De repente, ouviu-se a voz retumbante de Naum, que dizia:
"Nínive cairá. Nínive era a capital da Assíria, que durante três séculos
dominava o mundo, Deus preservará seu povo." Esta profecia parecia
inacreditável para os de limitada compreensão espiritual. O propósito da
profecia era duplo: predizer a destruição de Nínive por causa de seu pecado; e
aliviar a aflição e desesperança de Judá, assegurando-lhe que a promessa de
Deus é fiel. A profecia tem um único assunto: Nínive cairá, Judá será
vindicada.
Fazia 150 anos que os ninivitas se arrependeram com a
pregação de Jonas. Mas já tinham esquecidos e voltados para sua vida de
outrora.
Em seu estilo literário, o livro é a um tempo poético e profético,
harmonizado a vivida linguagem metafórica com o estilo rude e direto da
declaração profética. O livro de Naum divide-se em três capítulos. Mas consiste
de um só poema: I. Iniciando com uma descrição solene da ira e a misericórdia de Deus,
cap. 1.
II. O
cerco e tomada de Nínive, cap.2. e em III. A ruína completa da cidade, cap.3. Primeiro capítulo é
antes de tudo um salmo, ao passo que os capítulos 2 e 3 são proféticos. E, Introduz
o exemplo de Nô-Amon (Tebas),
e a grande e fortificada cidade do Egito, que caiu pela sentença de Deus, para
ilustrar os castigos semelhantes que sobrevinham aos assírios, Naum 3. 8 – 10.
“Naum começa sua
mensagem mediante uma declaração intrépida relativa à natureza e que toma
vingança, o Senhor toma vingança e é cheio de furor: o Senhor toma vingança
contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos” (1:2). Este
tema satura o livro. Considerando que a Assíria pecou ao desprezar a Deus, será
totalmente destruída. Judá foi desleal por não confiar implicitamente em Deus,
estabelecendo aliança com outras nações. A queda e destruição de Nínive deve
ser uma advertência para ela.
A mensagem de Naum é aplicável a todas as eras. Os que com
arrogância resistem a Deus e não confiam na sua provisão e cuidado, sentirão
inevitavelmente sua ira; os que nele depositam sua fé, esses serão preservados
em virtude do amor divino.
Nínive foi destruída quase um século depois
justamente como Naum predisse.
Autor:
Naum, 1:1.
Pouco sabemos de
Naum, Nome que ocorre uma só vez na A.T. no princípio do “livro da visão de
Naum, o elcosita” excetuando-se o que se nos diz neste breve livro. Seu nome
não é mencionado em nenhuma outra parte das Escrituras Sagradas, com a possível
exceção da linha genealógica citada em Lucas 3. 25. Tudo o que dele sabemos é
que viveu em Judá, provavelmente em Elcós, localidade que não se pode indicar
com certeza, embora seja consenso de que era uma cidade a sudoeste de Judá, segundo
Jerônimo! Ele afirma que Elcós era uma antiga e pequena aldeia da Judéia. e que
foi contemporâneo de Jeremias. A palavra Naum significa consolo. O livro assume uma forma de imprecação formal contra os
inimigos de Jeová especialmente Nínive (a capital da Assíria).
A Imprecação
Tais imprecações eram uma típica
maneira de afirmar a lealdade a Jeová. O livro é, também, uma profecia para o
povo de Judá de que eles logo se veriam livres do tormento assírio. Há a ameaça
de que o poder de Jeová não deve ser tratado de maneira inconsciente. (Que não é consciente; que não tem
consciência de seus atos). “Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode
suportar o despertar da sua ira? O seu furor se derrama como fogo, e as rochas
se despedaça diante dEle” Naum 1. 6. Nem mesmo a poderosa Nínive pode manter–se
de pé diante dEle. Entretanto, fica embutida nessa profecia uma advertência a
Judá: se for fiel a Deus, a destruição pode alcançar-la. Contudo, ao contrario
do restante dos profetas, Naum se concentra na destruição dos inimigos de Judá.
Apartir de uma perspectiva literária, Naum não foi nada menos que um gênio. Sua
poesia é elaborada de maneira magnífica, rivalizando com as mais refinadas que
se encontram na literatura hebraica. Como obra religiosa, a despeito do
mistério em relação à autoria e data precisa, faz uma declaração profunda sobre
a certeza de que a injustiça nacional não prevaleceria.
Samuel da Silva – Professor da
Escola Bíblica Dominical – Igreja Assembléia de Deus. Camaçari – Ba.
Fontes: Clarence B. Bass. Doutor em
Filosofia e Letras, bíblia digital
Livro: Todos os Personagens da bíblia
de A a Z – RICHARD R. LOSCH
Dicionário Bíblico: João B. Ribeiro
Santos.
Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando
Boyer
Achei intereçante o que você escreveu sobre o livro de Naum.
ResponderExcluirMais preciso de mais tempo para aprender usar o bloges, e fazer algum comentário do mesmo.
Ass: Roberto Santana
Que Deus abençoe seu bog que voce possar a cada dia postar e divulgar o evangelho de Jesus cristo e o que acontese neste mundo.gostei muito. a paz
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