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5 de julho de 2013

Filipenses; A Cidade de Filipos - - A Epístola aos Filipenses:

Introdução
Filipos era a capital da província romana chamada Macedônia, localizada em território que hoje pertence à Grécia. Seu nome significa "pertencente a Filipe". A cidade foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, em 358 a.C. Era importante devido à sua localização junto à principal estrada que cortava a Macedônia no sentido leste-oeste, servindo de caminho entre a Ásia e Roma. Além disso, a cidade possuía minas de ouro e prata. O apóstolo Paulo visita Filipos pela primeira vez, por ocasião de sua Segunda viagem missionária, como descrito em Atos 16. A visão que Paulo teve em Troas, era Deus convocando o apóstolo a passar ao continente europeu, dando-se ali, em Filipos, as primeiras conversões na Europa e, por isso, Filipos tem sido chamada o "berço do cristianismo europeu”.

Filipos:
Filipos foi uma cidade importante do Império Romano, considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Localizada no Leste da antiga província da Macedônia, a 13 quilômetros do mar Egeu, no topo de uma colina. Abaixo dela estavam o rio Gangites e a estrada militar Ignatia, que ligava a Europa e a Ásia.
Sua origem remonta aos trácios, povo conquistado em 358 a.C. pelo rei Filipe da Macedônia. A cidade recebeu esse nome em homenagem ao seu conquistador. Em 108 a.C. passou ao controle romano. Em 42 a.C., foi palco da batalha de Marco Antônio e Otávio Augusto, que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Brutus e Cássio - da qual o poeta Horácio diz ter participado. Nove anos mais tarde, Otavio, futuro Augusto, venceu Marco Antônio e Cleópatra.
Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade acabou ganhando status de colônia romana e o Ius Italicum, (O Italicum ius ou "direita italiana" era um estatuto especial apreciado por algumas comunidades da província do Império Romano que eles tem direito a tratamento como uma comunidade italiana em tributação e outros procedimentos administrativos). O que a tornava uma réplica menor de Roma. Seus cidadãos tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade equivalentes aos de uma terra em solo italiano. Os oficiais políticos eram descendentes dos soldados romanos, o que reforçava ainda mais o caráter latino da cidade, refletindo também seu pensamento e religião. Eram frequentes os cultos às divindades romanas, como Júpiter, Juno e Marte, e à antigos deuses italianos. As divindades gregas não tinham muito destaque. Persistia porém, adoração à deuses trácios.

A Batalha:
A Batalha de Filipos ocorreu no ano 42 a.C. entre as forças do segundo triunvirato governante de Roma e as forças republicanas lideradas por Bruto e Cássio, principais envolvidos no assassinato de Júlio César. As tropas de Bruto e Cássio perderam essa batalha, e os dois perderam a vida.
História
A cidade de Filipos, ou Philippi, já tinha provavelmente várias centenas de anos quando o rei Filipe II, da Macedônia, a fortificou em 356 a.C., para proteger as vizinhas minas de ouro. A cidade situa-se a cerca de 13 quilômetros de distância do porto de Neápolis, onde Bruto e Cássio estabeleceram sua base de suprimentos, em 43 a.C.
Os dois generais construíram acampamentos separados para suas legiões, duas milhas a oeste da cidade, cada um em uma montanha, distante 1,5 quilometro um do outro. Eles escolheram suas posições de modo a poderem controlar a Via Egnatia, a estrada militar de Tessalônica, no leste, para Dyrrhachium (atual Durrës), no oeste, na costa albanesa. Sua posição também era protegida por pântanos. Uma vez completos os acampamentos, construíram fortificações de montanha a montanha, ligando os dois. E lá esperaram pelo triunvirato e seus exércitos.
Na metade do verão de 42 a.C., Marco Antônio e Otaviano enviaram uma força avançada de oito legiões ao longo do Adriático. Liderada pelos generais Lucius Decidius Saxa e Gaius Norbanus Flaccus, essa força passou ao largo de Filipos e ocupou as passagens a leste de Bruto e Cássio, cortando-lhes a possibilidade de receberem reforços e suprimentos por via terrestre de seus partidários no Oriente. Nos últimos dias do verão, António e Otaviano arriscaram-se contra a poderosa frota de 240 navios de guerra de seus oponentes e, dirigidos por fortes ventos, conseguiram trazer com sucesso um segundo comboio para as praias gregas e desembarcaram mais 20 legiões.
Otaviano, que faria 21 anos em 23 de setembro e frequentemente adoecia em sua juventude, ficou seriamente doente durante sua viagem à Grécia. Assim, deixando o rapaz febril em Epidammus para que se recuperasse, António assumiu o controle de suas forças reunidas, e avançou para a Macedônia para confrontar seus inimigos. Encontrando a cidade de Amphipolis ocupada por forças locais amigas, Antônio deixou uma legião lá com sua bagagem mais pesada, continuando a avançar para Filipos.
Na metade de setembro, António chegou marchando em Filipos e, para surpresa de seus oponentes, construiu um acampamento em terreno desfavorável, uma planície poeirenta não muito distante da posição deles. O aflito Otaviano reuniu-se a seu exército dez dias depois, chegando em uma liteira,(Uma liteira é uma cadeira portátil, aberta ou fechada, suportada por duas varas laterais. É transportada por dois liteireiros ou dois animais, um à frente e outro atrás. As liteiras eram muito utilizadas como meio de transporte de personalidades abastadas na Roma Antiga) muito fraco para caminhar. Nesse meio tempo, os dois exércitos tinham começado a se encarar, alinhando-se diariamente para se confrontarem na planície. A cada dia, ambos os lados colocavam 19 legiões e 20 mil cavaleiros em ordem de batalha. Muitas das legiões que se confrontavam na planície de Filipos tinham até recentemente lutado do mesmo lado.
As legiões de Otaviano e Marco Antônio começaram por despedaçar o flanco direito das legiões de Bruto e Cássio, levando com isso à confusão destas últimas e à derrota.
Bruto e Cássio suicidaram-se no fim da batalha.

FILIPENSES - A Epístola aos Filipenses:
A Epístola aos Filipenses - é como é conhecida a carta que o apóstolo Paulo redigiu aos habitantes de Filipos, uma cidade importante no Império Romano por causa de sua localização geográfica na região montanhosa entre a Ásia e a Europa.
Cidade da Macedônia fundada por Felipe II, pai de Alexandre, o Grande, no ano 358 a.C. Foi a primeira cidade da Europa que ouviu a pregação de um missionário cristão (Atos 16:6-40).

HISTÓRICO:
Paulo, agora em Roma sob prisão domiciliar, fundou a igreja flipense durante a segunda jornada missionária (At 16.11- 40). Os cristãos de Folipos, principal cidade da Macedônia, tinham auxiliado no sustento de Paulo enquanto este esteve em Tessalônica e em Corinto (4.15,16; 2 Co 11.9). Ao sabe¬rem que ele tinha sido preso, enviaram Epafrodito a Roma com outro presente financeiro — provavelmente o que possibilitou que Paulo vivesse em uma casa alugada (At 28.30), em vez de na cadeia. Enquanto estava em Roma, Epafrodito ficou doente e quase morreu (2.27). Quando ele se recuperou, Paulo aproveitou a volta dele a Filipos para enviar essa carta que, em essência, é um agradecimento pelo presente.

AUTOR
Paulo (1.1; 3.4-6;

DATA E LOCAL
Uma vez que Paulo parecia confiante da liberação da prisão (1.19,25; 2.24; veja Fm 1.22), é provável que tenha escrito a epístola para os Filipenses perto do fim do tempo que passou preso, c. 61 d.C., por volta de um ano depois de ter escrito Efésios e Colossenses.
PROPÓSITO
 Agradecer aos cristãos filipenses pela ajuda financeira.
 Tratar de problemas na igreja filipense, em especial, a rivalidade entre duas mulheres proeminentes, Evódia e Síntique.
 Refutar os ensinamentos dos judaizantes (3.1-3) e de alguns que estavam partindo para o extremo oposto, talvez defendendo a total desatenção à lei ou um estilo de vida hedonista (3.18,19).
CARACTERÍSTICAS ÚNICAS
 Filipenses é a carta mais pessoal das escritas de Paulo para as igrejas, contendo mais de cem pronomes na primeira pessoa nos quatro breve:; capítulos.
 Filipenses é uma carta de alegria.
 Filipenses contém uma das passagens sobre a pessoa de Cristo mais citadas da Bíblia (2.5-11).
 Filipenses não apresenta citações diretas do Antigo Testamento.
 Filipenses é a única carta de Paulo em que ele menciona os cargos da igreja na saudação (1.1).
COMPARAÇÃO COM OUTROS LIVROS BÍBLICOS
Efésios, Colossenses, Filemom e 2 Timóteo:
 Todas foram escritas durante períodos que Paulo passou preso.
2 Coríntios, 2 Timóteo e Filemom:
 Esses três, junto com Filipenses, foram às cartas mais pessoais de Paulo.

ESBOÇO

REGOZIJO NO SERVIÇO DE CRISTO (1)
A saudação, apreço pelos filipenses (1.1-11)
O progresso do evangelho (1.12-26)
Exortação para ter fé e coragem ( 1.27-30)
REGOZIJO NA ABNEGAÇÃO DE CRISTO (2)
A abnegação de Cristo (2.1-11)
Imitação da abnegação de Cristo (2.12-18)
Dois imitadores da abnegação de Cristo (2.19-30)
REGOZIJO NOS SOFRIMENTOS DE CRISTO (3)
O poder da morte e da ressurreição de Cristo (3.1-11)
O propósito da morte e da ressurreição de Cristo (3.12-21)
REGOZIJO NA SUFICIÊNCIA DE CRISTO (4)
Regozijo em sua paz (4.1-9)
Regozijo em seu poder (4.10-13)
Regozijo em sua provisão (4.14-23)

REGOZIJO NO SERVIÇO DE CRISTO (1)
1. 1 - 6 Nossa confiança na conclusão da obra de Deus.
Paulo agradece a Deus pelos cristãos de Filipos (1.3-5) e expressa a certeza de que o Senhor continuaria a obra de santificação que começara neles (1.6; veja Hebreus 10.1 18) Deus nunca deixa de terminar algo que começa; Paulo tinha certeza de que os filipenses estavam seguros em sua salvação “até o dia de Cristo Jesus” (compare com 1.10; 2.16; I Co 1. 8),
1.7 – 11. Só Deus sabe quanto vocês representam para mim. Paulo sentia muito afeto por essa igreja em particular que o ajudara tanto. (1.7,8; veja Histórico). Ele orou para que os filipenses crescessem em conhecimento, sabedoria e justiça.
1. 12 – 18 Quer alcançar centenas de pessoas? Vá para a cadeia! Paulo regozijou-se com o fato de que a prisão, em vez de impedir o ministério, na verdade o tinha intensificado. Aparentemente, até mesmo alguns dos soldados que o vigiavam vieram para fé(1. 12,13). Por diferentes motivos tantos como inimigos de Paulo intensificaram suas atividades após a detenção dele. Alguns de seus amigos cristãos tímidos foram sacudidos por grande coragem (1.14). Outros indivíduos, talvez enciumados pelo impacto causado por esse recém-chegado a Roma, intensificaram o trabalho de alcance evangelístico “por ambição egoísta (1. 15 - 17). Independentemente do motivo, Paulo regozijou-se com o fato de que o evangelho estava sendo ouvido (1. 18) . Ele, como o salmista Asafe, sabia que “até a tua ira contra os homens redundará em teu louvor” (Sl. 76. 10).
1. 19 – 26. Estar aqui ou não estar aqui: eis a questão. Embora Paulo, aparentemente, estivesse confiante que seria libertado da prisão (1.19,25), a primeira escolha do apóstolo seria morrer e está com Cristo (1.23). Com tudo o senso de dever exigia que permanecesse aqui na terra (1.24). Independentemente do que acontecer, “Cristo será engrandecido em meu corpo” (1.20), era este o principal desejo de Paulo. Embora, para Paulo, a morte fosse “lucro”, o objetivo dele em continuar a viver resumia-se em uma palavra: Cristo (1.21).
1.27-30 Uma notícia maravilhosa! Vocês conseguiram sofrer por ele! Paulo exorta os filipenses para serem firmes na fé e corajosos diante dos inimigos, considerando um privilégio sofrer por Cristo. O sofrimento é pro¬metido para todo verdadeiro cristão (veja 2Tm 3.12).

REGOZIJO NA ABNEGAÇÃO DE CRISTO (2)
2 . 1- 4. As bênçãos de Cristo para os outros. Os que foram abençoados em Cristo devem querer passar essas bênçãos para os outros. Concentrar- se nos outros, não em nós mesmos, é um importante passo no crescimento e amadurecimento cristão.
2. 5 – 8. O que Cristo fez por nós: humilhação. Cristo é o exemplo supre¬mo de abnegação. Quando o pode¬roso Filho de Deus transformou-se no humilde Filho do homem, ele fez diversas coisas:
• Ele deixou a glória celestial pela pobreza terrena (veja jo 17. 5; 2 Co 8.9).
• Ele “esvaziou-se a si mesmo”, ou “aniquilou-se a si mesmo” (ARC) (2.7).
 Ele não abandonou sua divindade. Ele era, é e sempre será o Filho de Deus (veja Jo 1.1; Cl 1.15; 2.9).
 Ele escondeu, durante um tempo, a fama celestial em um cenário terreno. Embora ele mantivesse todos os atributos de sua divindade enquanto estava na terra, renunciou ao exercício independente dessas características divinas (compare com Mc 9.12 e Rm 15.3).
 Ele tornou-se “semelhante aos homens” (2.7,8; veja Jo 1.14; Rm 8.3; G1 4.4; Hb 2.14,17). A mente humana mal consegue apreender esse fato simples. De repente, o Criador santo e infinito entra no mundo tornando-se semelhante às suas criaturas. Pode-se comparar isso a um rei humano tornar-se voluntariamente um camponês. Mas uma comparação melhor seria um rei humano tornar-se uma desprezível formiga — embora essa com¬paração ainda seja inadequada!
 Ele “humilhou-se a si mesmo” (2.8):
 Cristo, quando veio, falava nossa língua, usava nossas roupas, comia nossa comida, respirava nosso ar e aguentou nosso tratamento cruel. Contraste com as humildes declarações de Cristo no jardim do Getsêmani (veja Mt 26.39,42) com a declaração arrogante que muitos estudiosos atribuem a Satanás (veja Is 14.13,14).
 Cristo sofreu a suprema humilhação quando se entre¬gou para ser morto (2.8; veja Mt 26.39; Jo 10.18; Hb 5.8; 12.2). E não foi qualquer mor¬te, mas “morte de cruz”, o pior tipo de morte tanto física como judicialmente (veja SI 22; Is 53; G1 3.13).
2. 9 – 11. O que Deus fez por Cristo: exaltação. Porque Cristo entregou-se humildemente por nossos pecados:
• Deus “o exaltou a mais alta posição” (2.9; veja Is 52.13; Jo 17.1; At 2.33; Hb 2.9).
• Deus deu-lhe um nome (posição e lugar de autoridade) acima de todos os outros nomes (2.9; veja Ef 1.20; Hb 1.4).
• Ele, um dia (2.10,11), será reconhecido por todos como Senhor:
 “Nos céus” (anjos).
 “Na terra” (seres humanos santos e pecadores).
 “Debaixo da terra” (demônios), Veja Salmos 22.27,28; Isaías 45.23; 66.23; Romanos 14.11; Apocalipse 15.4. Sobre o reino milenar de Cristo.
2. 12-18. Faça isso porque Deus está fazendo isso por você. Os cristãos têm de pôr “em ação a salvação” em sua própria vida, sabendo que Deus mesmo está em operação no interior deles (2. 12 – 13). Deus concede-nos tanto o desejo como a capacidade para servi-lo.
Quando o servimos, “brilhamos como estrelas” diante dos descrentes (2.14,15; veja Mt 5.14-16).
2. 19 – 30. Dois soldados espirituais extraordinários. Paulo esperava enviar logo Timóteo para ministrar para m filipenses. Ele recomendou-o a eles como alguém que revelava algo do coração de servo de Cristo (2.10 - 24) Epafrodito também era um exemplo de abnegação (2.25-30).

REGOZIJO NOS SOFRIMENTOS DE CRISTO (3)
3. 1 – 11. A escolha: circuncisão ou Cristo. Paulo advertiu-os contra os judaizantes que queriam mutilar, ou seja, circuncidá-los. Os cristãos, disse ele, são os que verdadeiramente são circuncidados (3.1-3; veja Rm 2. 29; 9. 6 - 8; G1 6.14,15). Poucas pessoas, se houvesse alguma, conseguiriam equiparar-se às credenciais judaicas de Paulo (3.4-6); ele, não obstante, considerava que essas credenciais não eram nada à luz da nova revelação de Deus da salvação e da vida eterna por intermédio de Cristo (3.7-11). Muitos cristãos querem a primeira metade da passagem 3.10: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição” a fim de experimentar o imenso poder que o ressuscitou dos mortos; mas demonstram pouco interesse na segunda metade da passagem “e à participação em seus sofrimento, tornando-me como ele em morte” Contudo, como os santos existiram ao longo dos séculos podem atestar, as duas coisas andam de mãos dadas: “Se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória” (veja Rm 8. 17).
3. 12 – 16. Não, ainda não cheguei lá, mas estou a caminho. Paulo não era perfeito na caminhada com o Senhor, mas guardava esse dia (no reino eterno de Cristo) quando o seria. Embora a perfeição não seja possível nesta vida, temos aspirar à maturidade espiritual.
3. 17 – 19. Sigam a mim, não a eles. pensando nessa carta e nas vezes em que ensinara pessoalmente aos filipenses, Paulo exortou-os a seguir o exemplo e os ensinamentos dele, e não daqueles que, por causa dos ensinamentos equivocados que propagavam, eram, de fato, “inimigos da cruz de Cristo”. Paulo, provavelmente, tinha em mente tanto os legalistas (3.2) como os hedonistas ou antinomianos “significa “ contra a lei””) que descreveu nessa passagem.
3. 20, 21. O novo você. Como um antídoto ao hedonismo, Paulo lembrou-os da ressurreição prometida, quando corpo interior será transformado e seremos cidadãos do reino eterno de Cristo.

REGOZIJO NA SUFICIÊNCIA DE CRISTO (4)
4. 1 – 3. O amor expresso, o amor necessitado. Mais uma vez, Paulo manifesta seu grande afeto pelos filipenses (veja a exposição sobre 1.7-11), depois, pediu a ajuda de um cristão maduro da igreja para reconciliar duas mulheres que estavam brigando.
4. 4 – 7. A paz de Deus: preciosa e protetora. Os cristãos devem ficar alegres e tranquilos (4.4,5); em vez de ficarem ansiosos, eles deviam estar em paz (4.6,7). Alcança-se a paz de Deus (4.7), que transcende toda compreensão, por intermédio da oração. Pau¬lo ensinou duas regras de ouro para quem procura essa paz:
• “Não andem ansiosos por coisa alguma” (4.6). A ARC traduz a frase por: “Não estejais inquietos por coisa alguma.” A palavra grega usada aqui para ansioso ou in¬quieto descreve ser arrastado em diversas direções. Não é uma pre¬ocupação racional, é apenas medo (veja SI 55.22; I Pe 5.7).
• “Mas em tudo, pela oração” As orações devem ser tanto específicas como devocionais. Diz-se que só há duas coisas com que os cristãos não devem se preocupar:
 As coisas que eles podem mudar, caso em que a resposta é o esforço.
 As coisas que eles não podem mudar, caso em que a resposta é a súplica.
Todos os cristãos desfrutam de paz com Deus (veja Rm 5.1), mas apenas os que conseguem substituir a oração pelo cuidado desfrutam a paz de Deus, paz essa que:
• Guarda o coração, protegendo- nos dos sentimentos errados.
• Guarda a mente, protegendo- nos dos pensamentos errados (4.7).
A oração, ao contrário da crença popular, nem sempre muda as coisas. Mas a oração sincera sempre nos muda, protegendo-nos das coisas que podem nos levar ao desespero (veja Is 26.3; 2 Co 10.5).
4. 8, 9. O verdadeiro poder do pensamento positivo. Outro fator essencial para alcançarmos a paz é focar o pensamento em coisas positivas. Não existe maneira melhor de conseguir isso que focando as coisas que Paulo nos ensina a respeito da pessoa e da obra de Cristo.
4. 10 – 13. Alegre e firme no banquete e na escassez. Por Cristo habitar nele e o capacitar (4.13), Paulo alegrava-se em toda e qualquer circunstância. Há dois tipos de cristãos:
 Cristãos “termômetros” são aqueles que sabem o que precisa ser feito, mas são incapazes de fazer alguma coisa a respeito disso, e cuja satisfação depende totalmente das circunstâncias: eles apenas registram a temperatura espiritual predominante.
 Cristãos “termostatos” são aqueles que sabem o que precisa ser feito e o fazem ou apoiam quem faz, e cuja satisfação é totalmente independente das circunstâncias. Eles não só estão afetados pelas circunstâncias, como eles próprios ajudam a moldar essas circunstâncias.
4. 14 – 23. A propósito, obrigado pelo auxílio! Paulo confirma o recebimento do último presente dos Filipenses (4. 10, 14) e relembrou toda a generosidade passada deles (4.15,16), acrescentando que a maior alegria dele era o esforço e o pensamento que estimularam ,aqueles presentes (4.17,18). Ele, por sua vez, abençoou-os e os confiou graça de Deus. A saudação para pessoas da casa de César (4.22) mostra como Paulo proclamou eficazmente o evangelho de seu confinamento involuntário (compare com 1.12,13).



Copilado por Samuel da Silva - estudante de Teologia - Esteadec Escola Teológica das Assembleia de Deus em Camaçari - BA - superintendente da Escola Bíblica na congregação do Parque Verde I.

Fontes: Manual de Discernimento Bíblico - Harold L. Willmington
Wikcionário - Dicionário Livre - Internet
Atlas de Estudo Bíblico - João Batista Ribeiro Santos

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