LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Rs 18.1-8
INTRODUÇÃO:
- A seca é uma das armas que Jeová se utilizou para punir um povo desviado. A força da natureza voltou-se contra os homens rebeldes. Através do profeta Elias, Deus proclamava que o castigo da seca já estava a caminho, para espalhar fome generalizada, enfermidades e mortes.
- O profeta Elias proclamou: - “... nem orvalho, nem chuva haverá...” – I Rs 17.1
O ORVALHO:
- É água condensada que se deposita sobre a vegetação nas noites frescas dos meses de verão. Ele é vital no verão, quando não há chuva. Ele cai sobre a terra e logo evapora – II Sm 17.12; Os 6.4; 13.13.
- O orvalho denso pode encharcar uma pessoa e pode ser tão intenso a ponto de encher uma taça de água – Ct 5.2; Dn 4.15; Jz 6.37-38.
- Assim como a chuva, o orvalho é considerado um presente de Deus - Gn 27.28; Os 14.5.
- Produzia boas colheitas e trouxe o maná, quando Israel fugia do Egito – Gn 27.28; Dt 33.13; Ex 16.13-14; Nm 11.9.
- Por isso, o orvalho tornou-se um símbolo de fertilidade e foi associado com:
(A) - A Palavra de Deus – Dt 32.2;
(B) – A ressurreição – Is 26.19; e
(C) – O remanescente do povo de Deus - Mq 6.7; Zc 8.12
III – A CHUVA:
- A humanidade jamais deve tomar por certo a chuva. ELA VEM DAS MÃOS DE DEUS (Sl 147:7-8; Jó 5:10;36:26-28) em quantidades proporcionais à situação espiritual dos moradores da terra (Dt 11:11, 15).
- Quando os homens amam ao Senhor seu Deus e servem-no de todo o coração e de toda a alma, Ele envia chuva sobre a terra no seu devido tempo (Dt 11:13-14; 28:1, 24).
- Assim que a própria situação da terra prometida era um testemunho acerca da vida espiritual do povo.
- Os profetas apontavam para a chuva como um sinal para o povo acerca da ira ou do favor de Deus (Is 5:5-6; 30:23; Am 4:7-8; Zc 10:1).
- A chuva que caía durante a colheita de trigo era um sinal do juízo divino, pois ela chegava fora de época e no pior momento possível (II Sm 12:17-18).
- Salomão orou para que Deus abrisse os céus, fechados devido ao pecado do povo, depois de este ter suplicado ao Senhor em oração (I Rs 8:36; II Cr 6:27).
- Elias teve um ministério de oração exatamente assim (I Rs 18:1). Aliás, no exato momento da história quando ISRAEL ESCOLHEU ADORAR BAAL, O DEUS DA TEMPESTADE, Elias apareceu com a advertência (I Rs 16:31-32, 17:1).
- A CHUVA também é empregada em símiles (comparações de coisas semelhantes):
(A) - O Messias descerá como chuva sobre a erva ceifada (Sl 72:6).
(B) - Ele alvorecerá sobre eles como a relva depois da chuva (II Sm 23:4).
(C) - Naquele dia um tabernáculo será refúgio contra tempestade e a chuva (Is 4:6)
- Durante as pragas, chuva acompanhada de trovões foi enviada contra os egípcios como sinal de poder sobrenatural - Ex 9:33-34 cf Dt 11:10 comparar com Sl 135:5-7; Jr 10:12-13; 51:15-16.
- A chuva é ocasionada pela condensação das nuvens (Jó 36:27-28; Sl 77:17; Ec 11:3)
- Deus fez um decreto ou lei a respeito da chuva - Jó 28:26
- Deus prepara a chuva - Sl 147:8
- Deus dá chuva aos homens - Jó 5:10
- Deus faz a chuva descer - J 2:23
- Deus exibe Sua bondade ao dar a chuva - At 14:17
- Deus exibe Sua grandeza ao dar a chuva - Jó 36:26-27
- Deus manda a chuva sobre os bons e os maus - Mt 5:45
- Deus deve ser louvado por causa da chuva - Sl 147:7-8
- Deus deve ser temido por causa da chuva - Jr 5:24
- A impotência dos ídolos é exibida por não poderem dar a chuva - Jr 14:22
- Raramente a chuva caía sobre o Egito - Dt 11:10; Zc 14:18
- Canaã tinha chuvas abundantes - Dt 11:11
- A CHUVA FOI DESIGNADA PARA...:
(A) - Refrescar a terra - Sl 68:9; 72:6
(B) - Tornar frutífera a terra - Hb 6:7
(C) - Alimentar as fontes e os poços da terra - Sl 104:8
A chuva foi prometida no tempo próprio aos obedientes - Lv 26:4; Dt 11:14; Ez 34:26-27
- A chuva frequentemente era sustada por causa do pecado - Dt 11:17; Jr 3:3; 5:25; Am 4:7
- A falta da chuva faz a terra rachar-se - Jó 29:23; Jr 14:4
- A falta da chuva seca as fontes de águas - I Rs 17:7
- A falta da chuva ocasiona a fome - I Rs 18:1-2
- A falta da chuva é removida pela oração - I Rs 8:35-36; Tg 5:18
- A chuva foi sustada por 3 anos e meio, nos dias de Elias - I Rs 17:1; Tg 5:17.
- A CHUVA É DIVIDIDA EM:
(A) - Grande - Ed 10:9
(B) - Abundante - Sl 68:9
(C) - Transbordante - Ez 38:22
(D) - Inundante - Pv 28:3
(E) - Pequena - Jó 37:6
- O aparecimento de uma nuvem do ocidente, indica chuva - I Rs 18:44; Lc 12:54
- O vento norte afasta a chuva - Pv 25:23
- A chuva é incomum ao tempo da colheita - Pv 26:1
- Trovões e relâmpagos, com frequência, acompanham a chuva - Sl 135:7
- Tempestades e tufões acompanhavam a chuva, frequentemente - Mt 7:25-27
- EXEMPLOS DE CHUVAS EXTRAORDINÁRIAS:
(A) – Tempo do dilúvio (Gn 7:4, 12);
(B) - Praga de chuva de pedras sobre o Egito (Ex 9:18, 23);
(C) - Durante a colheita de trigo (I Sm 12:17-18);
(D) - Após longa seca (I Rs 18:45);
(E) - Após o cativeiro (Ed 10:9, 13)
- A chuva frequentemente impedia viagens no oriente - I Rs 18:44 cf Is 4:6
- Com frequência a chuva destruía casas - Ez 13:13-15; Mt 7:27.
- A CHUVA ILUSTRA:
(A) - A palavra de Deus (Is 55:10-11);
(B) - A doutrina dos ministros fiéis (Dt 32:1-2);
(C) - Cristo a comunicar Sua graça (Sl 72:6; Os 6:3);
(D) - Bênçãos espirituais (Sl 68:9; 84:6; Ez 34:26);
(E) - Os justos (Os 10:12);
- AS CHUVAS DESTRUIDORAS SIMBOLIZAM OS JUÍZOS DE DEUS (Jó 20:23; Sl 11:6; Ez 38:22), bem como SIMBOLIZAM O POBRE A OPRIMIR O POBRE (Pv 28:3).
IV - A SECA:
- A seca é um dos piores distúrbios ecológicos da natureza.
- A despeito de todo o seu avanço científico, o homem continua muito dependente das condições atmosféricas, porquanto a água é a origem de toda a vida biológica.
- Quando a seca persiste por tempo suficiente, seguem-se a escassez e a fome.
- A Bíblia refere-se à seca como uma das maneiras pelas quais Deus castiga os homens por seus pecados.
(1) - Vejamos alguns usos figurados sobre a seca:
(A) – O homem que está sofrendo de má consciência acerca do pecado, ou que é julgado por causa do pecado, é como um homem cuja força se ressecou por causa da seca, no calor do verão – Sl 32.4.
(B) – Algo similar é implícito no ensino de Cristo como a Água da Vida, pois sem a Sua provisão, a alma resseca-se e definha – Jo 4.14 e ss.
(C) – O Espírito Santo também é a Água da Vida espiritual – Jo 7.37-39.
(2) - O QUE É UM RIBEIRO SECO?:
(A) - É um quadro desolador;
(B) - Sem vida;
(C) - Infrutífero – Não há nenhuma produção.
(3) – POR QUE O RIBEIRO SECA?:
(A) - Por falta de chuva;
(B) - Pela ação predatória do homem.
(C) - Por juízo de Deus – Sobre os deuses de Acabe e Jezabel (idolatria);
(D) - Para nos indicar nova direção(1Rs 17.8,9)
(4) - QUE FAZER QUANDO O RIBEIRO SECA?:
(A) - Manter a calma e dignidade de filho de Deus:
(A.1) - Diante da aflição ou tribulação - (Jo 16.33);
(A.2) - Diante da zombaria dos céticos - (Sl 42.3, 10);
(A.3) - Diante das ofertas alternativas - (Jr 2.13);
(B) - Manter um profundo e sincero anelo pelas “correntes das águas vivas” - (Sl 42.1,2);
(C) - Ficar sensível à voz de Deus:
(C.1) - Para saber o que fazer;
(C.2) - Para receber direção;
(C.3) - Para estar disposto a mudar de endereço (sair do Ribeiro quando este secar);
(C.4) - Não ficar insistindo em morar na ravina (leito seco); Se a ordem clara de Deus é de mudar não adianta orar para “ressuscitar” o rio, nem ficar ordenando que haja água.
(5) - QUE FAZER PARA A ÁGUA VOLTAR A ENCHER O RIBEIRO?:
(A) - Ir a Jesus –A fonte da água (Jo 7.37-38);
(B) - Beber da fonte;
(C) - Crer em Jesus;
- O resultado será “Rios de água viva fluirão do seu interior”;
- Nossa confiança fará o vale árido transformar-se em Manancial (Sl 84.6)
- O segredo da vitória é que todas as fontes do crente devem estar no Senhor (Sl 87.7);
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- Leiamos o Sl 126.4 – O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro, por meio do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém: Muros caídos e templo em escombros, por isso clamaram: - “Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, Senhor...”.
- A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe, que todo ano ficava em sequidão. Mas, pelo menos uma vez por ano, havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio Neguebe baixavam e flores começavam a brotar. O deserto tornava-se pastos verdejantes...
- Então, o povo pede em canção: - “... Restaura-nos como as correntes do Neguebe...” (ARA).
- Sem água não há vida. Ao contrário dessa afirmativa, sempre há alegria próximo a rio:
(A) - A dos banhistas brincando;
(B) - Dos pescadores tirando o seu sustento;
(C) - Dos habitantes das margens (pela bela paisagem; pela fonte de sustento; pelo meio de transporte proporcionado pelo mesmo; pela produção agrícola, fertilizada por sua influência) - Sl 1.3.
- Espiritualmente, um ribeiro proporciona: Alegria, abundância, conforto, vida, paz e o mais glorioso sentido figurado que é – o Espírito Santo!
- Devemos orar a Deus para que tenhamos chuvas espirituais - Dt 32:2; Sl 72:6; Ez 34:26; Os 6:3; 10:12.
- Povo de Deus: JEOVÁ, O SENHOR E NOSSO DEUS, PODE MUDAR A NOSSA SORTE E TRANSFORMAR O NOSSO “DESERTO” EM JARDIM FLORIDO.
FONTES DE CONSULTA:
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
1) Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento - Edições Vida Nova - R. Laird Harris, Gleason L. Archer e Bruce K. Waltke
2) Bíblia Vida Nova
3) Dicionário Ilustrado da Bíblia – Vida Nova – Ronald F. Youngblood e F. F. Bruce & R. K. Harrison
4) O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Hagnos – R. N. Champlim
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque sua opinião de maneira clara e objetiva